A Ética da Torá e a IA

 


Esta madrugada ouvi uma longa entrevista com  Elon Musk. Ele demonstrava preocupação com a utilização da IA em armas de guerra, e esclareceu que a guerra no futuro  será de drones inteligentes que identificam pessoas a quilômetros e decide, por algoritmos, matar ou não, e mais pode matar,  cirurgicamente uma única pessoa no meio de uma multidão,  por  reconhecimento facial.

Isso leva a uma série de questões éticas, pois o homem (neshamá) foi feito a imagem e semelhança de D'us, e o homem criou a IA, a sua imagem e semelhança.

Com os drones "inteligentes", ja não são os soldados que decidem se mata ou não, mas o algoritimo, que não tem alma, sentimentos ou ética.


Na parasha desta semana, Nasso, fala sobre a responsabilidade individual e coletiva, incluindo as leis da mulher sotá, dos nazireus, entre outros. A ética de Ha'Shem é incrivelmente modeladora, por exemplo: a relação entre patrão e empregado tem por base a consciência do patrão em estar abençoando a vida do trabalhador dando condições justas de salario segundo o esforço,  e técnica exigida, não é, de exploração da necessisade, da vulnerabilidade, mas a consciência de que ele é administrador de D'us na distribuição do sustento.

Mas vamos ao assuto que é preocupante, pois enquanto a maioria da população pensa em trabalhar honestamente dedicando-se para o bem comum e progresso da humanidade, os governos, envolvidos por interesses  ideológicos ou ganância econômica, pensam em destruição em massa e métodos de submissão pelo medo,, exalando a ideia: façamos a I.A. à nossa Imagem e semelhança. Lembre-se, assim como o álcool relaxa os marcos da moralidade, o poder é o dinheiro produzem o mesmo efeito.

 Faremos uma abordagem na perspectiva judaica sobre essa crise ética da guerra autônoma (robôs inteligentes).


Mas inicialmente vais destacar o que tem em perspectiva de robôs inteligentes, hoje:

Alguns dos robôs militares mais avançados possuem essas tecnologias. Aqui estão alguns exemplos:

MQ-1 Predator é Equipado com visão infravermelha para operações noturnas e sensores de reconhecimento facial para identificação de alvos.

X-47B, utiliza sensores avançados para reconhecimento de terreno e pode operar de forma autônoma em missões estratégicas.

Ghost Robotics Vision 60, foi projetado para patrulha e reconhecimento, pode ser equipado com sensores térmicos escanner de profundidade para navegação em terrenos difíceis.

THeMIS tem sensor de varredura através de paredes, permitindo reconhecimento de ambientes urbanos.

Ripsaw M5, possui pensores de profundidade de solo, localizando alvos camuflados em trincheiras.


Cabem algumas perguntas:

O que é isto que estamos construindo? Isao reflete a dignidade que existe em nós (Imagem de D'us), como a compaixão, a justiça, a busca pela paz, ou estamos replicando e amplificando as tendências mais sombrias da natureza humana: a agressão, avareza, desumanização e a sede de poder?


Aqueles robôs e drones equipados com IA de última geração já não sãoapenas ferramentas controladas por operadores humanos, agora eles decidem matar, reconhecem rostos e corpos com precisão quase infalível, usando bancos de dados biométricos. 

Mais alarmante é que eles tomam decisões autonomamente sobre quem é o "inimigo" e quem deve ser eliminado, sem intervenção humana direta. E pior, eles aprendem com cada missão, refinando suas estratégias de ataque para maximizar eficácia do ataque e minimizar "erros" (estes "erros" são, neste caso, eliminação de vidas.

Essa tecnologia é vendida (ideologicamente) como arma  "limpa" ou "cirúrgica", mas na verdade essa inteligência tecnológica é automatização da morte. 

Enquanto médicos, e robôs controlados por eles, seguem  a mitzvá de salvar vidas (pikuach Nefesh), os governos usam IA para rastrear e aniquilar seres pessoas.


Do ponto de vista judaico, a vida é sagrada e é mitzvá (mandamento) não matar (lo tirtzach),  segue valido!! A guerra, mesmo quando justificada como guerra obrigatória para defesa (milchemet mitzvá), como aquele se trava com o Hamas, é sempre vista como um último recurso, nunca como um fim em si mesma. 

A Halachá impõe rigorosas restrições em caso de guerra, enfatizando a minimização de danos e a preservação de vidas inocentes, opção de saída, etc. 

É problemática a ideia dos engenheiros destes robôs, de delegarem decisões de vida e morte a algoritmos que, não possuem neshama (alma), nem sentimento e inclinação para o bem ou mal (yetzer tov / ra) nem a capacidade de  arrependimento (teshuvá, ou misericórdia (racham)!!

O ser humano, foi criado com a betzelem Elohim (à imagem de D'us), sendo o único ser vivo capaz, com discernimento, com moral complexa, senso de responsabilidade, e ética. Uma máquina, por mais inteligente que seja, nunca poderá substituir a consciência humana, pois o propósito do ser humano  é viver segundo a ética de Ha'Shem,  aprendendo e praticando a Torá; agir com bondade e justiça; ser humilde e aprender com todos; fazer ticum (retificação pessoal e do seu entorno); buscar a paz e evitar conflitos; tudo isto fruto de um coração que assim age porque ama a D'us!!

Assim, percebe-se que a uma contradição abissal entre o desejo humano universal de acordar, trabalhar, amar, respeitar, ajudar, solidarizar, a contribuir para a vida de todos, a corrida armamentista transforma a IA em instrumento de destruição em massa.

Enquanto pais, professores, e e religiosos ensinam seus filhos sobre empatia, educação,  solidariedade ... valores centrais da ética judaica baseada na Torá, governos financiam sistemas que desumanizam o inimigo reduzindo pessoas a pixels em uma tela, alvos a serem eliminados por máquinas que não sentem dor emicional, não sofrem o luto  ou sentimento de arrependimento.

 O Talmud, em Sanhedrin 37a,  afirma que "quem salva uma vida, é como se tivesse salvado um mundo inteiro". 

Como podemos conciliar essa visão com a automatização da morte?

Hoje são governos de países democráticos que estão fabricando esses robôs e drones, mas logo estarão nas mãos de tiranos e loucos pelo poder!

A humanidade caminha a passos largos para um caus irreversível, que culminará na necessária chegada do Mashiach para salvar Israel e, com isso, toda terra saberá que IHWH é o único e verdadeiro  D'us.

Que venha o Mashiach, prontamente  e em nossos dias.

BH!!!

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