Operação do Erro: Uma Análise de Tessalonicenses
D'us colocou no mundo testes para cada pessoa e para a humanidade, com o propósito de saber se amamos a Ele, como D'us, com todo o nosso coração e com toda a nossa alma. Assim Ele fez com Seu povo, no deserto do Sinai após a saída do Egito (Mitzraim) e, da mesma forma fez após a vinda do Mashiach (Messias ou o Ungido).
As obras da criação, por exemplo, sempre foram objeto de adoração ao longo dos tempos. Muitos povos adoraram a lua, o sol e outros corpos celestiais.
Se uma pessoa presencia um milagre ou é alvo de um milagre em nome de D'us, de Jesus, do Espírito Santo, de um santo, ou ainda, de um religioso, isso pode ser algo que não vem de D'us?
Como saber se um milagre ou ato sobrenaturais é da parte de D'us ou é falso?
D'us nos ensina que, se alguém realiza qualquer tipo de milagre ou sinais sobrenaturais, mas esses fatos não levam as pessoas à obediência aos mandamentos, tal entidade É FALSA. Veja o que D’us diz em Devarim 13:1-3:
QUANDO anunciador da palavra de D’us ou sonhador SE LEVANTAR no MEIO DE TI e te DER UM SINAL ou PRODÍGIO, E O SINAL ou prodígio de que te houver falado SE CUMPRIR, E DIZER: VAMOS APÓS OUTROS DEUSES, que não conheceste, e SIRVAMO-LOS, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador; porque o Senhor vosso D'us vos prova, para saber se amais o Senhor vosso D'us com todo o vosso coração e com toda a vossa alma.
Da mesma forma que D’us testou o Seu povo no deserto, após grandes feitos, milagres e manifestações sobrenaturais como as 10 pragas (que atingiam os egípcios, e não atingia os judeus que estavam lado a lado com eles), da mesma forma, D'us pôs teste diante do seu povo, e dos que se convertiam, após na primeira missão do Mashiach (Messias) à 2000 anos atrás. Ele criou uma "operação do erro" para testar o seu povo, para ver se eles acreditariam no sistema de erro, engano, que Ele mesmo, permitiu surgir, conforme está descrito em 2 Tessalonicenses 2:11-12:
E por isso D’us lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.
Veja quão seria é essa realidade!
Todos foram alertaddos que se levantariam "falsos messias e falsos profetas, e fariam "sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos." Marcos 13:22 (Escolhidos são o povo de Israel e os que se convertem ao D'us, deles).
Quando diz que era "para saber o que estava em seu coração, se amariam a D'us acima de todas as coisas", aplica-se ao dois períodos: no deserto e o periodo posterior a Yeshua.
Em relação a Yeshua, Ele afirmou: "Eu não vim revogar a Torá (lei) e os profetas", sendo, pelo contrário, um exemplo de como cumprir a Torá.
Veja agora os dois sistemas de engano (deserto e após Yeshua):
No relato da criação em Gênesis 1:14-19, D'us disse:
Haja luminares no firmamento dos céus, para separar o dia da noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos; e sejam para luminares no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim foi. E fez D'us os dois grandes luminares; o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez também as estrelas.
No entanto, a Torá nos adverte em Devarim (Dt.) 4:19:
E para QUE NÃO LEVANTES os TEUS OLHOS AOS CÉUS, e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, e sejas impelidos e te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor teu D'us repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.
Mas você pode dizer que, atualmente, somente os índios e culturas "menos desenvolvidas" fazem isso. Será que é assim mesmo?
E muitos povos passaram a adorar a criação e nao ao criador.
Por outro lado, após a vinda do Mashiach essa operação do engano, começou pela negação de toda 'teologia' judaica, negando-a completamente, adotando-se outro calendário para QUEBRAR qualquer ligação ou REFERÊNCIA com o calendário que D’us criou com o proposito de conectar-se com Ele.
Assim, essa operação do erro incluiu a criação de um calendário diferente do calendário hebraico original, onde o dia começa ao pôr do sol e com eles, D'us, marcou Suas festas. O calendário hebraico foi estabelecido por D'us para que aqueles que O amam acima de todas as coisas pudessem prestar-Lhe serviço de adoração de acordo com os tempos e as estações que Ele determinou.
O papel do judeu no mundo e sua importância é de viver uma vida de acordo com a Torá e de ser um exemplo de santidade e justiça para todas as nações. Assim, o verdadeiro teste de fé e adoração é seguir os mandamentos de D'us e viver conforme Suas instruções, demonstrando amor e fidelidade a Ele acima de tudo.
A passagem de 2 Tessalonicenses 2:9-12, descreve a "operação do erro", que é algo sério que deve se analisar sem paixões teológicas!!
Se você tiver por referência, que D’us criou um outro povo, desprezando o povo de Israel, teremos um norte e uma conclusão.
Se entendermos que D’us não muda, que sua palavra é eterna e que "nEle não há variação, nem sombra de variação"(Tg. 1.18), e que o pacto que D'us fez com Israel é eterno e inquebrantável, conforme foi dito em Jeremias 33.20 é 21.
Então se entender que houve mudança em D’us alterando sua palavra e promessa, substituindo por igreja ou islamismo, terá uma interpretação completamente diferente, da que, se entender pela veracidade e certeza da Palavra de D’us e seus pactos.
Assim, utilizando as próprias interpretações cristãs para a Operação do Erro, ajustando apenas o foco na imutabilidade de D'us e sua palavra, temos as principais interpretações ou teses:
A Grande Apostasia. Nesta a interpretação mais comum no cristianismo é "a de que a "operação do erro" se refere a um grande afastamento da fé cristã nos últimos tempos, marcado pelo surgimento de falsos profetas, doutrinas falsas e uma crescente apostasia."
Aplicando o foco na imutabilidade de D'us e sua palavra:
A Grande Apostasia: nesta a interpretação mais comum é "a de que a "operação do erro" se refere a um grande afastamento da fé verdadeira, nos últimos tempos, marcado pelo surgimento de falsos profetas, doutrinas falsas e uma crescente apostasia." Perfeito!!
Os Emissários informavam que essa apostasia, falsos profetas, doutrinas falsas, enfim, operação do erro começaria no tempo deles, veja:
Pedro escreve: "E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração."
Em 1 João 2:18, diz
Filhinhos, é já a última hora; e como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é já a última hora." João afirma que eles estavam vivendo na "última hora".
Nisto, recomendando atenção para não ser enganado.
Mas como poderiam os judeus e conversos serem enganados?
Seguramente não seria com um D’us diferente do que conheciam, porque seria grotesco, como um D’us com outro nome, etc; tampouco seria com imagens de santos cristãos. Por exemplo, as primeiras imagens de santos cristãos estão nas catacumbas romanas, geralmente datadas dos séculos II e III, próximo à morte do Emissário João, que ocorreu já no século II, com 94 anos, por isso disse: "conhecemos que é já a última hora."
O conceito de apostasia é o afastamento/abandono das Sagradas escrituras e da fé/confiança/dependência de D’us. Assim, a Operação do Erro, ao instituir um novo calendário que alteraria as datas santas instituídas por D’us; abandonar a "teologia judaica", criar um novo sistema teológico baseado em doutrina de homem (patristica); negando o Mashiach, homem judeu que veio para restaurar a conexão das ovelhas perdidas da casa de Israel, como ele mesmo disse: "Não vim senão para as ovelhas perdidas da casa de Israel ", criação de três deuses (pai, filho e Espírito Santo), acabou convertendo-se em algo completamente diferente, que nega a eficácia do que D’us mesmo constituiu por escrito, em sua Sagrada Escritura.
Assim, seguir a esta teologia, é apóstatar da fé genuína e desviar-se das antigas veredas.
É relevante ressaltar que "Sagradas Escrituras" eram apenas a Torá (podendo se expandir para os livros história e proféticos), mas "Sagrada Escritura" não era, em absoluto, aplicada ao chamado "novo testamento"!!
Por que os Emissários não entendiam suas cartas como Sagradas Escrituras?
É que em todas as cartas que os Emissários escreveram, quando se referiam a Sagradas Escrituras estavam referindo-se a Torá! Pois não poderiam se referir à estas cartas, por que ainda estavam sendo escritas, e nem passava pela mente deles que tais cartas, depois, passariam a ser entendidas por um grupo religioso (cristãos) completamente divorciado do judaísmo, do Messias e seus Emissários, tendo os seus escritos, como sendo a própria palavra de D’us, ou equivalente às Sagradas Escrituras.
São inspiradas e efetivamente equiparam-se aos livros como Josué, juízes Rute, etc., mas não à Torá!
Uma das maiores evidências de que eles não tinham propósito, mandato de D'us ou consciência de que estariam escrevendo "Palavra de D’us", é que traziam recados informais, próprias de uma carta, como se vê:
2 Timóteo 4:13: Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
3 João 1:13-14: Tinha muito que te escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena. Porque espero ver-te brevemente, e falaremos face a face.
1 Coríntios 16:10-11: E, se Timóteo for, vede que esteja sem medo convosco, porque trabalha na obra do Senhor, como eu também. Portanto, ninguém o despreze; mas acompanhai-o em paz, para que venha ter comigo; pois o espero com os irmãos.
Filipenses 2:25: Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão, companheiro de trabalhos e de lutas, vosso mensageiro, e o vosso ministro nas minhas necessidades.
Enfim, recados próprios de uma carta.
Podemos concluir que D'us colocou no mundo testes após a revelação da Torá no Sinai e após a revelação do Mashiach, a Torá viva. Esses testes têm o propósito de verificar se amamos a Ele com todo o nosso coração e alma. A adoração verdadeira deve ser direcionada somente a D'us, e qualquer milagre ou ato sobrenatural que não conduza à obediência a todos os mandamentos. Após a vinda do Mashiach, surgiu uma "operação do erro" para testar a fé do povo, levando muitos a se desviar da verdade. No entanto, a aliança de D'us com Israel é eterna e inquebrantável. Assim, como judeus, compreendemos que as Sagradas Escrituras referem-se à Torá e que os escritos dos Emissários, embora inspirados, não substituem a Torá, mas confirmam a veracidade e profecias. Manter-se fiel aos mandamentos de D'us e rejeitar doutrinas que se desviam da verdade divina é fundamental para preservar a fé genuína.
Que tenhamos coragem de romper com a religiosidade e engano, para trilhar as antigas veredas, firmes, na imutável palavra de D'us, e sermos luz para as nações.
BH!!!
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1 A palavra hebraica para "profeta" é נָבִיא (navi), que é geralmente traduzida como "profeta" em português. A etimologia da palavra "navi" é interessante. A palavra נָבִיא (navi) tem suas raízes na língua hebraica antiga. Derivou da raiz semítica "נ-ב-א" (n-b-a), que significa "chamar" ou "anunciar". Um "navi" é, portanto, alguém que "chama" ou "anuncia" a mensagem de D'us.
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