O Converso no Pacto de Avraham



 O pacto que D'us estabeleceu com Avraham é vinculativo e inquebrantável. Por isso, judaísmo é para quem quer servir a Ha-Shem, em seu plano de redenção, sendo luz para o mundo, e não uma opção de religião ou filosofia como é o cristianismo e o islamismo.

Você  está  disposto?

Um grande engano  que existe é pensar que judaísmo é uma religião. Não é, em absoluto!! 

Quando Ha-Shem tirou nosso povo da escravidão do Egito foi para sermos seus servos, e para constituir uma nação  que seria luz para todos os povos, com objetivo de fazer a redenção da humanidade. 

O pacto que D'us fez com Avraham, diz: 

"estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por D'us, e à tua descendência depois de ti." Bereshit 17.7 [Gênesis].

Este pacto foi confirmado as vésperas de entrarem na terra de Israel, e após receberem todas a instruções da Torá:

Vós estais, hoje, todos perante o ETERNO, vosso D-us ... para que entres na aliança do ETERNO, teu D-us, e no juramento que, hoje, o ETERNO, teu D-us, faz contigo, para que, hoje, te estabeleça por seu povo, e ele te seja por D-us, como te tem prometido, como jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Yaacov.

 Este pacto é eterno e inquebrantável, como afirmado no Talmud que o pacto que D'us fez com Avraham é eterno e não pode ser quebrado (Shabbat 89b). 

Na porção Netzavim, o pacto foi reforçado com os que estavam ali, bem como com seus descendentes (futuras gerações) e também os estrangeiros que se convertessem. Devarim 29:14-15

O judaísmo ensina que a aceitação do pacto com D'us é voluntária, mas uma vez aceito, é irrevogável e irretroativel. Ninguém é obrigado a entrar no pacto  mas, um vez dentro,  não há como voltar atrás!!! 

A bênção e a maldição descrita em Devarim 30:19, será aplicado como consequência da obediência à Torá: "Tenho posto diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência". O Talmud reforça esta ideia afirmando que "aquele que aceita a Torá deve cumpri-la em sua totalidade" (Talmud Bavli, Berachot 5a)

Para os conversos é diferente?

Para os conversos, a regra está em Isaías 56:6-7: "E aos estrangeiros que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, para serem seus servos...". Este verso reforça sua vinculação como servo, igualmente os Hebreus qua do saíram da escravidão do Egito para ser servo de Ha-Shem. Veja que há uma ressalva de importância aos estrangeiros que abraçarem  ao pacto: "todos os que guardarem o shabat, NÃO o PROFANANDO" (Is. 56:6)

Atenção!!! Por que dos 613 mandamentos, D'us foca em "todos os que guardarem o shabatNÃO o PROFANANDO"?

Uma das razões é que o shabat é base da aliança. Quem obedece o shabat contraria todos os poderes deste mundo! Está literalmente na contramão dos valores deste mundo e se coloca na dependência de D'us, como foi no deserto (lugar inabitável), 3 milhões de pessoas sem água, comida, sem nada, apenas na dependência de D'us. Que nação faria a opção de passar uma semana sem infraestrutura num deserto, quiçá, 40 anos?

Assim, os conversos são povo de D'us. Portanto, terão a mesma sorte dos judeus porque se tornaram judeus pela conversão, não sendo mais estrangeiros!! O Talmud afirma: "Um estrangeiro que se converte é como um recém-nascido", no sentido de "Rabi Yosei diz: Eles não seriam punidos por seus atos antes de sua conversão ... pois não mantém nenhuma conexão com sua vida passada" (Yevamot 48b), indicando que eles são considerados judeus plenos.

O nível de consciência destes estrangeiros, da sua missão como povo de Israel, no plano da redenção de todas as coisas, determinará a sua bênção ou correção Isto se dará nas mesma condições dos judeus, a saber: se obedecer aos mandamentos e cumprir, portanto, a sua missão.

A missão do povo de Israel é ser uma "luz para as nações" (Isaías 42:6). A obediência aos mandamentos e a consciência de sua missão são cruciais para receber as bênçãos de D’us. O Talmud afirma: "Aquele que cumpre os mandamentos é abençoado, e aquele que os ignora é amaldiçoado" (Berachot 6a).

Portanto, quando um estrangeiros (não-judeus) pratica ilegalidade, só serão punidos se forem descobertos pelas autoridades. Contudo, se um judeu ou converso, fizer a mesma coisa, D’us o punirá.

A Tanach ensina que os judeus têm uma responsabilidade especial de seguir os mandamentos de D’us, como em Amós 3:2, "De todas as famílias da terra, somente a vós conheci; portanto, visitarei sobre vós todas as vossas iniquidades". E o Talmud diz que "D’us julga Israel com mais rigor do que as outras nações" (Yevamot 61a).

Você pode dizer: por que isso?!!

O povo de Israel foi criado para ser luz para as nações, (Isaías 49:6)  "Também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra". Assim, cada judeu que se assimila deixa de ser luz e sofre a punição do seu desvio, pois a assimilação é vista como uma falha em cumprir esta missão, e rompimento do pacto. O Talmud afirma: "Assim como uma lâmpada não protege alguém com sua luz extensivamente, mas apenas temporariamente, enquanto a lâmpada está na mão, assim também, uma mitzvá protege alguém apenas temporariamente, ou seja, enquanto alguém está realizando a mitzvá"...  (Sotah 21a), Aquele que se desvia da Torá perde sua luz e sua bênção, e "o que desvia o ouvido para não ouvir a Torá, até mesmo sua oração se torna abominável". Provérbio 28.9. Por isso se diy em Yevamot 61a 'visitarei sobre vós todas as vossas iniquidades'.

Ao se unir ao povo de Israel, você se torna servo de D’us e partícipe do projeto  dEle de redenção  do mundo.  Você  retifica a sua alma e contribui para a redenção da humanidade!!  

A aliança abraâmica é um pacto criado por D’us,  único, que une o povo judeu a Ha-Shem e estabelece uma identidade única. Essa aliança é tanto um presente como uma responsabilidade, e, ao entrar na aliança, a pessoa assume compromisso de vida com a Torá e com o povo judeu. A decisão de entrar na aliança é irreversível, e as consequências dessa decisão moldam a vida em amor, alegria e confiança  em D’us. 

Que sigamos retificando a nossa vida e colaborando com o ticum das pessoas para a vinda do Mashiach que poderá ser já em 2025, por ocasião  do Yom Teruá, pois sua vinda já está na ocasião.

BH!!

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