Mascaras Cristãs: Conversão de um Rabino?
A figura de Paulo, como é mais conhecida no cristianismo, é sempre descritoa como o grande arquiteto da trologia cristã, obviamente, pela teologia cristã.
A narrativa tradicional de sua conversão, apresentada no Novo Testamento, o descreve como um perseguidor de cristãos que, após uma experiência a caminho de Damasco, se converte radicalmente ao cristianismo, abandonando suas raízes judaicas. Nada mais manipulador, veja o que o "Novo Testamento " diz sobre isso:
Os judeus na época de Paulo que passavam a crer, reconhecer que Yeshua era o messias prometido, eram chamados de nazarenos, e não de cristãos.
Na véspera de sua morte, em Atos 24.5 Paulo é apresentado como integrante e "defensor da seita dos nazarenos". Uma curiosidade: sabia que possivelmente foi Paulo que deu o nome de "Nazareno" aos que passavam a crer e reconhecer que Yeshua era o Messias? Ele quando recebeu ordem de prender os judeus que reconheciam Yeshua, eram chamados de "os do caminho" e o próprio Paulo, diz que
"quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Yeshua, O NAZARENO, a quem tu persegues".
Antes eram conhecidos como de os do caminho Atos 9.2 e 22.4, e por fim, passaram a ser chamados de nazarenos, como o próprio Paulo diz, já às vésperas de sua morte, Nazareno.
Veja que Paulo, não abandonou sua identidade judaica, mas sim reconheceu Yeshua como o Messias prometido. Essa visão se baseia em uma leitura atenta de suas cartas. Veja como ele expressava sua judaicidade:
Shaul se identifica repetidamente como "fariseu" e "judeu" em suas cartas. Essa autoidentificação consistente sugere uma continuidade com suas raízes judaicas, mesmo após sua experiência em Damasco.
Ao longo de suas cartas, Shaul enfatiza a importância da Torá e da observância dos princípios. Ele não propõe uma revogação da lei mosaica, mas sim uma nova interpretação à luz da pessoa e obra de Yeshua.
Em suas cartas, Shaul critica práticas e doutrinas que se incluíam características do cristianismo de Ináciode Antioquia, como a idolatria e a negação da lei. Isso sugere que ele não estava alinhado com a teologia que se consctruiu no cristianismo desenvolvida em Antioquia e pela Patrística.
Shaul empregou uma interpretação alegórica da Torá, buscando encontrar prefigurações de Yeshua e dos seus ensinamentos na lei de Moisés. Essa abordagem é mais própria da interpretação rabínica do que de uma leitura literal da Torá.
Embora enfatize a teshuvá e a salvação (geulá) pela fé em Yeshua, Shaul não abandona a ideia de que a salvação está ligada à comunidade de Israel e obediência aos mandamentos. Essa visão é mais próxima da perspectiva judaica, que enfatiza a importância do povo escolhido.
Assim, as comunidades que se formaram no primeiro século era conhecidas como "os do caminho" ou "nazarenos".
A existência de comunidades nazarenas no primeiro século, como as ebionitas, sugere que a visão de Shaul não era isolada. Essas comunidades eram judias messiânicas que reconheciam Yeshua como o Messias, mas mantinham a observância da Torá e as práticas judaicas.
Na perspectiva do judaísmo nazareno a visão o cristianismo primitivo, começou com Inácio de Antioquia e representou uma ruptura completa com o judaísmo.
Conversão de Paulo
"foram informados a teu respeito (Paulo) que ensinas todos os judeus entre os gentios a negarem a Lei de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei".
"Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei". At.21.20
Os milhares de judeus que reconheceram Yeshua e continuaram com o mesmo zelo no cumprimento da lei de Moshé, são a prova viva de que é possível ser um verdadeiro seguidor de Yeshua e, ao mesmo tempo, um fiel observador da Torá. A fé em Yeshua não anula a lei de Moisés, mas a complementa e a cumpre em seu sentido mais profundo.
A mensagem é clara a fé em Yeshua não exige que se abandone a Lei de Moisés é os mandamentos, como diz o cristianismo em contradição com a Bíblia:
Mateus 5:17-19: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus."
João 14:15: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos."
1 João 2:3-4: "E nisto sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade."
Assim, a observância da Lei de Moisés (Torá) é o que D’us quer e espera:
Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus requer de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma. Dt 10.12
Desta forma, é verdadeira e biblica a afirmação de que um servo de D’us que tem Yeshua como seu Messias, deve obedecer aTora e os mandamentos. Pois foi dito:
Deuteronômio 6:5: "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força."
Josué 1:8: "Não se aparte da tua boca o livro desta lei; medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido."
Mateus 5:17-18: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido."
1 João 5:3: "Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados."
Portanto, é falso e antibíblico o ensino cristão de que aceitando Yeshua como Messias, não precisa cumprir os mandamentos, e que a lei foi revogada.
A tentativa de separar a fé em Yeshua da observância da Torá é uma falsa dicotomia que distorce o verdadeiro significado das boas novas.
"Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei". At.21.20
- Sincera intenção de observar todos os mandamentos: O candidato à conversão deve demonstrar um compromisso genuíno em observar todos os 613 mandamentos da Torá, incluindo aqueles que podem ser desafiadores ou inconvenientes.
- Motivação correta: A conversão deve ser motivada por um desejo sincero de se conectar com Deus e fazer parte do povo judeu. Motivações secundárias, como casamento ou status social, não são consideradas suficientes.
- Estudo intensivo da Torá: O candidato deve dedicar-se a um estudo profundo da Torá e das leis judaicas, com o objetivo de adquirir um conhecimento sólido sobre a fé judaica.
- Imersão em um micvê: A tradição em um micvê (banho ritual) é um dos ritos centrais da conversão, simbolizando a purificação espiritual e a entrada em uma nova vida.
- Circuncisão (para homens): A circuncisão é um dos sinais de aliança entre Deus e o povo judeu e é um requisito para a conversão masculina.
- Decisão perante um beit din: A decisão final sobre a conversão é tomada por um beit din (tribunal rabínico), composto por três rabinos.
Teshuvá e Conversão: quem é que faz?
Judeu que se converte ao cristianismo ou outra religião, afastou-se da aliança com D'us, pois é a palavra de D’us que torna o judeu, um povo separado. Se se afasta deste pacto para ser cristão, por exemplo, afastou-se da aliança.
Para se judeu, segundo a halachá (lei judaica), já é pelo nascimento de mai judia, e automaticamente é membro do povo judeu e não precisa se converter. Caso um judeu que nasceu em uma família judia abandonou a prática religiosa e deseja retornar, o processo é mais simples do que uma conversão completa. Ele precisará demonstrar um compromisso em retomar a observância dos princípios e, em alguns casos, pode ser necessário passar por um processo de estudo e orientação.
Para responder tem que se entender a diferença entre conversão e teshuvá.
Conversão (giyur) e teshuvá, ambos são cruciais para a compreensão da identidade judaica e, também referem-se a um processo de aproximação de D'us. Embora estejam interligados, apresentam nuances importantes.
Quais oa pontos de conexão entre conversão e teshuvá?
Tanto a conversão quanto a teshuvá envolvem uma transformação pessoal, uma mudança de perspectiva e de comportamento.
Ambas as ações visam estabelecer uma conexão mais profunda com Deus e com a tradição judaica.
Tanto o converso quanto aquele que busca a teshuvá precisam dedicar-se ao estudo da Torá e das leis judaicas.
Tanto convertidos quanto aqueles que praticam a teshuvá são incentivados a se envolver na comunidade judaica e a participar de suas práticas.
E o que diferencia a conversão da teshuvá?
A conversão parte de um ponto inicial fora do judaísmo, enquanto a teshuvá pressupõe uma identidade judaica pré-existente(filho de mãe judia), mesmo que essa identidade tenha sido negligenciada ou abandonada.
A conversão envolve um processo formal, com ritos específicos e a decisão de um beit din, enquanto a teshuvá é um processo mais individual e interno, sem beit din.
Quem são os sujeitos dessas ações?
O sujeito da conversão é alguém que não nasceu judeu e deseja adotar a fé judaica. Ele pode ser um iniciante completo na religião ou alguém que já tenha algum conhecimento sobre o judaísmo.
Um judeu crente e a teshuvá:
Um judeu crente, mesmo que pratique sua religião, pode realizar a teshuvá. A teshuvá não é apenas para aqueles que cometeram grandes pecados, mas para todos os judeus que desejam aprofundar sua relação com D'us e crescer espiritualmente. A teshuvá é um processo contínuo de conhecimenro, auto-aperfeiçoamento fundamentos na Torá.
Assim, Paulo nem memhum outro apostos, ou qualquer judeu descritos nos Escritos Nazarenos, passou por conversão, apenas estrangeiros, como o centurião Cornélia, passan por um processo de conversão.
BH!!
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