A Vinda do Mashiach: Próximo Yom Teruá?

Um dos mais importantes elementos de Pêssach, a festa que celebra a libertação do povo judeu, é que serve como um prenúncio da completa e eterna Redenção, através da vinda do Mashiach. Como afirma o profeta Ezequiel, "Revelarei maravilhas (ao tempo da Redenção Final que serão) similares (àquelas que foram reveladas) ao tempo do êxodo do Egito" (Ezequiel 36:12). De fato, a libertação do Egito tornou possíveis a redenção que estámos à véspera, em que a guerra contra o mal (Hamas, Hezbolla, Irã e o eixo do mal), pavimentará o caminho para a redenção final.

 A crise ética contemporânea causada pelo afastamento dos principios éticos da Torá é o que se chama de 'anomia', que é estudada na Ciência Política.

Anomia na Ciência Política

Anomia , na ciência política, refere-se a um estado de desordem social caracterizado pela ausência ou enfraquecimento da ética  contida nas normas sociais. 

Norma por sí só, não garante nada, pois pode ser injusta, e continuará sendo norma. Veja a norma que garante a liberdade de expressão, ela existe na Venezuela, Brasil e Irã, porém nos EUA ela existe , mas nos outros, é pura ficção. O que diferencia a norma, é a qualidade ética que a fundamenta.

Sob o prisma da ética, a anomia representa uma crise moral profunda . A ausência de normas fundamentadas na ética da Torá gera individualismo exacerbado de pessoas ou corporações) e faz crescer o controle de corruptos sobre mídias e jornais, resultando na manipulação da informação e na degradação moral das instituições políticas, religiosas e sociais.

 Esse é o cenário atual, que é alimentado por uma rede de interesses econômicos e políticos que se retroalimentam, criando um ciclo vicioso de corrupção e perda de valores éticos contaminando todas as relações  sociais.

Contudo, fomos altertados que, "por se multiplicar a anomia, o amor de muitos esfriará." Mt 24.12. a palavra anomia nas tradições escamoteadoras e prostituídas cristãs, conceituaram anomia como iniquidade, contudo, "anomia" literalmente é "a" negativa+"nomos" lei, que se refia na bíblia à Torá, portanto, negação da Torá. (Digo prostituída, por que "iniquidade" liga a ação da pessoa e "negação da Torá", liga à Instrução de D'us, além de ser a tradução etmológica).

A festa de Pêssach está intrinsecamente ligado à saída do Egito, à libertação da escravidão física e da assimilação (escravidão da alma). Conforme o Talmud (Pessahim 10a), "Aquele que não vem o cordeiro de Pessach, não é digno da redenção futura." Enquanto isso, o início da redenção final está relacionado ao Yom Teruá (Dia do Shofar), dia em que todas as pessoas são julgadas, seguidas de Yom Kippur (Dia do Perdão) e culminando em Sucot.

“E soará o grande shofar, e todos os que habitam na terra tremerão” (Amós 3:6). Essa profecia, associada a Yom Teruá, anuncia o início do processo de redenção. A Haftará do sétimo dia de Pêssach é a Canção de David, pois neste dia (bem como no último dia de Pêssach), há uma referênciaao Mashiach, descendente de David.

“E haverá um Rei sobre eles, cujo nome é o Eterno” (Jeremias 30:9). Esta profecia, encontrada na Haftará do último dia de Pessach, fala diretamente sobre a Redenção vindoura, reforçando a conexão entre Pêssach e a era messiânica.

Hoje, está como em Miquéias:

“E todos os povos andarão cada um no nome de seu deus; mas nós andaremos no nome do Eterno, nosso Deus, para sempre e sempre” (Miqueias 4:5)

Assim está, o cristianismo com seus três deuses (pai, filho e espírito santo) e o islã ensinam um deus completamente diferente do D'us da Torá!!!

Durante os dois últimos dias de Pêssach, a maior ênfase na Redenção final aponta para Yom Teruá, quando se fala aberta e longamente sobre teshuvá (arrependimento) e Redenção pelo perdão, e sobre a personalidade do próprio Mashiach, como condutor do mundo naquele tempo. 

O tempo, chegou, entendemos que logo se cumprirá esta profecia de Miquéias 4:

Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do Ha'Shem será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os outeiros, e a ele afluirão os povos.

E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte de Ha'Shem, e à casa do D'us de Yaacov, Ele nos ensinará acerca dos seus caminhos, e andaremos nas suas veredas; porque de Tzião sairá a Torá (lei), e de Jerusalém, a palavra do D'us.

E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.

 Essa profecia, que fala sobre a união de todos os povos sob a bandeira de D'us, encontra seu ápice em Sucot, quando as nações da terra enviarão representantes para celebrar a festa. “Porque todas as nações virão e adorarão diante de ti, ó Eterno; porque teus juízos se manifestaram” (Isaías 66:23). E todas as nações da terra enviarão representação para comemorar Sucot, e a nação que não enviar, não terá chuva, podendo, esta 'chuva', ser uma metáfora para ausências de prosperidade e alegria, além disso, será um período de paz mundial em que não haverá guerra.

Assim, Pêssach está relacionado à saída do Egito, a libertação da escravidão física e da assimilação (escravidão da alma). Enquanto isso, o início da redenção final está relacionado com Yom Teruá (dia do shofar ou trombeta), dia em que todas as pessoas são julgadas, e logo o Dia do Perdão, Yim Kipur, e Redenção final, com Sucot. Isto também pode ser visto através da leitura da Haftaráu das últimas porções do discurso de Moshé,  NITZAVIM e VAYELECH.

A redenção final aponta para Yom Teruá (dia do julgamento), quando se fala aberta e longamente sobre teshuvá e Redenção pelo perdão no dia de Yom Kipur, além de falar sobre a personalidade do próprio Mashiach.

Em suma, está guerra que Israel trava contra o mal, é o primeiro estágio para o início da redenção final com o Mashiach.

Da mesma forma que começou com Hamas em Gaza e não contra os 'arabes palestinos'; agora está em guerra contra o Hezbolla, e não contra o Libano. Creio que mais uns meses, começará contra outra frente com a Síria, e não será contra os sírios, mas contra todas as hostes do mal que levantam contra D'us, através de seu povo Israel.

Que venha o Mashiach no próximo Yom Teruá,e se não for neste, esperarei confiante porque a promessa é de Ha'Shem.

BH !!!