A vinda do Mashiach já estava codificada na Torá
Quando o Mashiach começaria sua missão?
Em que época do ano seria a mais propícia para rever os fundamentos da fé judaica para início da sua atividade?
Como seria sua semincha(ordenação) de forma oculta, mas autônoma, para conecar sua atividade redentora, ou será dada por um BeitDin (Tribunal Rabinico)?
A análise que faremos é uma reflexão exploratória com base no contexto do início da atividade redentora do Mashiach, dando ênfase na interconexão dos elementos fáticos e na sua relevância do calendário e festas para a compreensão da tradição judaica e da figura messiânica.
Em que época do ano o Mashiach deverá se apresentar?
Considerando que o calendário judaico não é apenas um sistema de contagem de tempo, mas um mapa sagrado que desafia as mentes mais incrédulas a crer que D’us revela os seus planos através desse mapa, as ações iniciais do Mashiach deveriam estar conectadas ao calendário judaico e às suas festas, que funcionam como chaves para desvendar os mistérios de Ha-Shem.
Esses mistérios, inicialmente revelados de forma simbólica, ganham significado quando percebemos a atualização de padrões nas ações de Deus ao longo da história.
Tisha B'Av é um exemplo de como a compreensão desses padrões nos ajudam a entender a vontade e D'us na história do povo de Israel, para reagir de forma adequada.
A data de Tisha B'Av seria uma data simbólica inigualável para início da preparação do lançamento de sua missão.
Tishá B'Avl é uma data-alerta no calendário judaico, de instituição rabinica e não bíblica. Aqui ja revela o primeiro ponto.
Os perushim após o exílio babilônico ganharam mais relevância em detrimento dos levitas que as perderam, com a destruição do Primeiro Templo. Então, se esse jejum de Tishá B'Av era observado nacionalmente, é porque se reconhecia a autoridade moral dos Fariseus e os fundamentos apresentados para a sua observância.
Assim, o jejum de Tishá B'Av e os sentimentos que afloram nesse momento é de luto pela destruição do templo, como simbolo da presença de D’us no meio do seu povo, e recorda a necessidade de redenção.
Para o Mashiach, a escolha de Tishá B'Av como ponto de partida para o jejum, é significativa, pois marca a destruição do Templo e o exílio (as Tribos de Israel [10 tribos] até hoje então ocultas). A escolha de Tishá B'Av como início de seu período de preparação final, demonstra uma profunda compreensão da alma judaica, e identidade com o sofrimento mais profundo do povo judeu: a perda do Templo, que simboliza a morada de D'us no meio do seu povo e a certeza da shechiná. Ao se identificar com essa dor ancestral, o Messias assume a responsabilidade de curar as feridas da nação, libertar os cativos e restaurar a fé em Ha-Shem. Essa escolha revela não apenas um conhecimento profundo da história judaica, mas também um compromisso inabalável com a redenção de Israel.
Ao iniciar seu período de preparação final nesse dia, o Mashiach se identifica com o povo e assume a responsabilidade de curar suas feridas, libertar os cativos (física e espiritualmente) e evidenciar fidelidade de Ha-Shem.
Mas quando ocorre Tishá B'Av (9 do mês de Av)?
9 de Av sempre ocorre em torno da porção Devarim (Mishné Torá).
O livro de Devarim, o quinto e último livro da Torá, contém a repetição dos mandamentos e leis-chave para o povo de toda a Torá, antes de começar a vida na Terra Prometida.
Ao estudar Devarim no deserto, o futuro Messias se imerge na fonte primária da revelação Ha-Shem. A Torá (Instrução), nesse contexto, não é apenas um código de conduta e rituais mas o fundamento da fé judaica para toda a humanidade.
Quanto tempo deveria ficar no deserto? Quais porções ele a sós com Ha-Shem estaria a revisar?
Ao sair em Tishá B'Av seguramente teria lido a primeira porção do 5° livro: Devarim (Palavras). Nesta porção Moshé relembra a jornada do povo desde o Êxodo (43 estágios da teshuvá) até a beira da Terra Prometida, enfatizando a importância de obedecer aos mandamentos de D’us. Nesta primeira porção, Devarim, Moshé aborda:
A retrospectiva detalhada da história do povo de Israel desde o Êxodo até aquele momento, destacando tanto os triunfos quanto as falhas do povo.
Moshé reafirma a aliança entre D’us com o seu povo, Israel, enfatizando a necessidade de manter a fé e a obediência aos mandamentos.
E na Haftará, fala de um povo que se desvia do caminho mas, na conclusão do texto, reforça o resgate desse povo, confirmando a aliança inquebrantável e promessa de Ha-Shem com seu povo:
Restituir-te-ei os teus juízes, como eram antigamente, os teus conselheiros, como no princípio; depois, te chamarão cidade de justiça, cidade fiel. Sião será redimida pelo direito, e os que se arrependem, pela justiça.
Após essa primeira porção de Devarim (Palavras), vem o jejum de Tisha B'av e logo, a segunda porção, Vaetchanan (E Implorei). Nesta o Mashiach já estava no deserto e começou a rever durante a sua primeira semana no deserto, isolado e em jejum, os seguintes temas:
- Aliança de Israel com D'us;
- Guardar a alma da idolatria;
- Os 10 mandamentos;
- Shema Israel;
- Uso de tzitzit e tefilin;
- Cuidado com a idolatria;
- Não casar com os povos idólatras; entre outros;
- Por em prática todos os mandamentos, juizos e decretos que foram ensinados;
- E que D’us escolheu o povo de Israel, não por seu mérito, mas porque os amava.
Nas cinco próximas porções a essa, o Mashiach revisa todas as mitzvot-chave, mistzpatim-chave e chukim-chave (mandamentos, juízos e decretos) da Tor, que são os fundamentos da fé judaica.
Na sequência, ao término dos 40 dias de jejum e peregrinação pelo deserto, volta para sua sinagoga em Nazaré, na Porção Netzavim (Parados).
Nesta porção, após a leitura completa dessa parasha, pediram justamente para ele ler a Haftará, Isaías 61, que fala da missão do Mashiach. Coincidência?!
É incrível, pois na porção Netzavim, todos os judeus estam de pé, 'Parados' na beira do Jordão, pronto para comecar a sua missão na terra prometida, e o Mashiach 1.300 anos depois desse momento, estaria de pé parado, declarando a sua missão na sua comunidade, lendo Isaías 61:
O Espírito do Senhor Deus estava sobre mim, porque o Senhor me ungiu para levar boas-novas aos humildes; enviou-me para curar os quebrantados de coração, para anunciar liberdade aos cativos e para libertar os prisioneiros do cativeiro. Para declarar um ano de aceitação para o Senhor (...)
Por que ele leu o segundo verso pela metade?
A interrupção na leitura do segundo verso revela um propósito claro: a redenção das dez tribos perdidas. Ao afirmar 'Eu não vim senão para as ovelhas perdidas da casa de Israel', o Messias sinaliza o início da primeira fase de Sua missão.
Assim como a porção de Netzavim prepara os israelitas para atravessar o Jordão e entrar na Terra Prometida, o Messias, nesse contexto de Netzavim, se prepara para cruzar o 'Jordão espiritual' e conduzir as 'ovelhas perdidas' (os efraimitas) de volta ao redil. Essa travessia simboliza a passagem da morte espiritual para a vida, do exílio para a libertação, e representa a restauração da unidade do povo de Israel.
Qual a conexão profética desse tempo com os Grandes Festivais de consagração e renovação?
A porção Netzavim sempre é lida antes de Yom Teruá!! Dia do toque do shofar!!!
Yom Teruá, ou Rosh Hashaná, é o Ano Novo Judaico, e na sua missão, marcava o início do ano aceitável de Ha-Shem!
Yom Teruá é considerado o dia em que D’us julga a humanidade. É um momento em que todos avaliam as suas ações do ano anterior e se pede perdão pelos erros.
O shofar simboliza o chamado à teshuvá (arrependimento) e à renovação espiritual. Ao som do shofar, a todos é oportunizado fazer uma introspecção e buscar uma conexão mais profunda e verdadeira com D'us.
O "ano aceitável" no judaísmo não se refere a um julgamento anual, mas sim a um período ds redenção messiânica, conforme a tradição judaica.
O ano de Yovel (jubileu), começa com Yom Teruá. Imagine a alegria, Jubileu, um período de redenção, marcado pelo perdão de dívidas e o retorno à terra!!! Será incrível!!!!
A vinda do Messias, é esperada para o início de um novo ano Yom Teruá, então, representará o cumprimento da redenção final, a consumação dessa promessa.
O Messias, ao retornar em Yom Teruá possibilitará a todos os judeus espalhados pela terra e de todos os estrangeiros (não judeus) que aderirem de coração e alma ao pacto, e passarem a ser povo de D'us, farão o Yom Kipur mais significativo e multitudinario que já existiu, sendo utilizado esses dias para arrependimento, renovação espiritual e purificação.
Assim, o Mashiach guiará Israel em um novo ciclo, de redenção e prosperidade para Israel e para a humanidade, também.
Em síntese, só Ha-Shem poderia ter escolhido em sua imensa sabedoria esse momento para revelação do Mashiach, respeitando a história e Cultura judaica que Ele mesmo conduziu, apresentando Yeshua, o único judeu que fez o mundo todo conhecer a Torá.
Ha-Shem, ao conectar os elementos como calendário, jejum, deserto, Tishá B'Av, ciclo de estudo da Torá, os Grandes Festivais e a tradição judaica, nos dá segurança e esperança para a chegada do Mashiach , e que seja próximo e em nossos dias.
BH!!!
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