Códigos e Segredos da Parashá Chukat
Códigos e Segredos da Parashá Chukat:
Mapa Revelador da Redenção do Povo de Israel e da Humanidade
A Parashá Chukat, Bamidbar (Números) 19-22, narra a história
da redenção de forma alegórica, ou em outras palavras, revelada pelo Talmud e
pela Cabalá, na forma de códigos e segredos revelados, que só pela cultura
judaica, se pode perceber.
Essa porção (parasha) descreve os acontecimentos do último
ano do Povo de Israel antes de entrar na terra prometida por D’us à Avraham,
começando com a mitzvá (mandamento) da purificação pela Pará Adumá (vaca
vermelha), incidente de Meribá, a recusa de passagem por Edom, morte, guerra e
todos estes aspectos descrevem deforma simbólica, como uma parábola, a história da
redenção do povo de Israel e da humanidade, na redenção final. Vamos por parte:
O início desta Porção fala sobre a vaca vermelha (perfeita e
sem um único pelo de outra cor) que deveria ser imolada fora do Mishkan
(tabernáculo), e suas cinzas, misturadas com água, deveria ser aspergida sobre o
povo para purificação, por contaminação (física) com corpos mortos ou objetos que
tiveram contato com eles.
No Tratado Yoma 19 (Talmud) se discute em detalhes o processo de sacrifício e purificação. e no Tratado Parah, trata das condições objetivas para que uma vaca seja inspecionada para esse Rito. Sem entrar em detalhes sobre a imensa dificuldade de se desvendar as razões dessa purificação pela aspersão da água com as cinzas da vaca vermelha, o que cabe destacar o aspecto de consenso interpretativo: A água aspergida era para purificação (não para perdão de pecado) relativo à pessoas e coisas ligadas à morte, que impossibilitava o servo de D’us a ter plena conexão (física e espiritual) com Ele. Este é o ponto principal e razão de ser dessa Vaca Vermelha!!
Um detalhe importante que D'us revela é que a purificação, se dá em dois tempos, saber, a pessoa só estaria purificada se fosse submetido à aspersão no “terceiro dia e ao sétimo dia(...) e
será limpo” (Bamidbar 19.12).
Sem entrar em um milhão de aspectos interessantíssimos e
profundos, vamos direto a linha de foco deste texto: o objetivo da cinza da vaca vermelha era purificar, tornar ápto para todo serviço, os que estavam impuros, habilitando-os para uma conexão perfeita com D’us, sem qualquer barreira, de ordem física e
espiritual.
Lembre-se que o “povo de dura servis” assim foi assim chamado, nos dois primeiros anos no deserto, pois passou por um processo de erro, arrependimento e retificação. Depois, em Jeremias 2.2 Hashem diz que ele tinha saudades do seu povo “da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava”.
Assim, quando Hashem manda se purificar com a cinza dessa vaca vermelha, era para tornar todos o povo de D’us (judeus e conversos) aptos para entrar na Terra de Israel. Era o momento prévio e necessário para o cumprimento da promessa que D’us havia feito à Avraham (Bereshit 12.7) dizendo “Sai da tua terra (...) para a terra que Eu te mostrarei. E de ti farei uma grande nação”.
Portanto, era um momento único na vida de todos: a primeira Vaca vermelha para purificar
fisicamente todos os impuros e torna-los aptos para conexão perfeita com Hashem,
para entrar na Terra Prometida. E ai vem o código bíblico: só produziria efeito
se fosse em dois estágios: no terceiro e no sétimo dia.
A purificação no terceiro e no sétimo dia é uma senha ou um código para identificar o momento para redenção do povo de Israel e da humanidade.
Segundo a profecia de Daniel sobre a vinda do Messias "no tempo apropriado" após a decretação do retorno dos judeus da Babilônia (Daniel 9:25), retrata de forma histórica (Flavio Josefo) e irrebatível a vida e obra de Yeshua. Este Yeshua, judeu, rabino e fariseu nasceu no início do Terceiro Milênio.
A profecia em questão, conhecida como "Profecia das Setenta Semanas", menciona um período de 70 semanas (490 anos) da decretação de Ciro para reconstrução de Jerusalém. E exatamente nesse período que que surgiu Yeshua, nascido humilde em Belem, que entrou em Jerusalem conforme Zacarias “Jerusalém, eis que vei a ti, teu Rei; ele é justo e resgatador, humilde montado em um jumento” (Zacarias 9.9), curou enfermos (Isaías 53:5), ressuscitou mortos (Oseias 13:14) e entrou em Jerusalém montado em um jumento (Zacarias 9:9), que padeceu como o Servo Sofredor (Is. 53).
Isto tudo no ocorreu no terceiro milênio do calendário hebraico, lembrando que estamos no ano 5784, quinto milênio.
Ele, o messias, cumpriria sua missão em dois estágios em sua única missão:
No primeiro estagio, no terceiro milênio, o Mashiach veio para prover perdão as tribos do norte e constituir-se como resgatador da s ovelhas perdidas por promessa de Hashem em especial, e também das duas tribos remanescentes Juda e Benjamim que estavam ocupadas pelo Império Romano. Desta forma, ele deu início à era messiânica (primeira etapa) que perdurará no sétimo milênio (segunda etapa).
Ele veio para reestabelecer a conexão das ovelhas perdidas da casa de
Israel, pois ele disse: “Eu não fui enviado, senão às ovelhas perdidas da casa
de Israel” Mt. 15. E, por duas vezes envia os seus 'mensageiros oficiais em
missão' (apóstolos) ele disse: "Não sigam pelo caminho dos gentios, nem
entrem em nenhuma cidade dos samaritanos. Em vez disso, vão às ovelhas perdidas
da casa de Israel. Anunciem a boa notícia da chegada do Reino dos Céus e digam:
'O Reino dos Céus está próximo.'" Mt 10.
Assim, simbolizando a primeira conexão (do terceiro dia /
milênio) das ovelhas perdidas da casa de Israel que, foram desconectados quando
D’us disse que apresentou a carta de divórcio para eles (Jr 3), se concretizou.
No sétimo dia da purificação da vaca vermelha, simboliza o sétimo milênio com a vinda do Messias. Segundo Rambam diz que já foram sacrificadas 9 vacas vermelhas até os dias de hoje, e a décima, será sacrificada no tempo do Mashiach (Mishneh Torá, Leis de Parah Adumah 3:5).
Portanto, na vinda do Mashiach, a décima e última vaca vermelha, será transformada em cinzas para ser aspergida sobre o povo de Israel (e conversos), como em um ato prévio e necessário para o cumprimento da promessa de redenção feita para Adam e Avraham, dizendo que enviaria o descendente de Abraão que seria semelhante à Moshé (em humildade, discrição e poder) para resgatar o povo, fazendo retornar todas as tribos perdidas para a terra de Israel para o milênio com o Messias. Período de restauração de todas as coisas que trará paz, prosperidade e plenitude do conhecimento da Torá.
Outro código nesta porção está no encontro dos
descendentes da casa de Israel, com os, de Essav
A recusa de Edom (descendentes de Esaú, irmão de Jacó) em
permitir a passagem do povo de Israel pelo seu território (Números 20-21)
representa a hostilidade e a negação da posse da Terra Prometida. Edom, como
símbolo do mundo secular e da oposição à fé judaica, se recusa a reconhecer o
direito do povo de Israel à terra e busca impedir sua entrada.
Na porção Moshé faz uma explanação dizendo:
Assim diz teu irmão Israel:
Bem sabes todo o trabalho que nos tem sobrevindo; como nossos pais desceram ao
Egito, e nós no Egito habitamos muito tempo, e como os egípcios nos
maltrataram, a nós e a nossos pais; e clamamos ao ETERNO, e ele ouviu a nossa
voz, e mandou o Anjo, e nos tirou do Egito. E eis que estamos em Cades, cidade
nos confins do teu país. Deixa-nos
passar pela tua terra; não o faremos pelo campo, nem pelas vinhas, nem
beberemos a água dos poços; iremos pela estrada real; não nos desviaremos para
a direita nem para a esquerda, até que passemos pelo teu país. Porém Edom
lhe disse: Não passarás por mim, para que não saia eu de espada ao teu
encontro.
Edom representa a cultura ocidental cristã. Essav procura
substituir Jacó, e isso é visto que o no cristianismo, desde a sua criação, oela teologia da substituição: igreja é o “novo
Israel”; que D’us rejeitou a Israel e constituiu a Igreja como o novo povo de D’us.
Porquanto, essa cultura e espirito é que domina a mente acidental, que é de Edom.
O Edom que resiste a passagem de Israel, pode ser visto ao longo da história, na relação do mundo ocidental (cristão) com Israel. A história mostra a negação à posse da Terra Prometida pelo povo de Israel, por parte de diferentes povos e impérios ocidentais. Isto está retratado simbolicamente ou em código nesta Parasha.
Não vamos entrar em detalhes, mas, desde a destruição de Jerusalem, passando pelas perseguições medievais, holacausto até a ONU, que insistentemente nega a Israel seu direito, até mesmo declarando que o Kotel (muro das lamentações) não tem ligação cultural com o povo judeu, o ocidente nega ao povo de Israel a sua terra natal, que é sua, por direito.
E o mais bizarro é que todos os povos do mundo ocidental, pelo menos uma vez por semana, nos domingos, em suas igrejas lêem na bíblia cristã que essa terra é de Israel! Mas, como Edom, a resposta desses povos é a mesma: “Porém Edom lhe disse: Não passarás por mim, para que não saia eu de espada ao teu encontro”.
Na proxima postagem abordaremos, bzrat Hashem, sobre os códigos da serpente de bronze e as batalhas.
Nosso desejo é que como a água purificadora torna ápto o impuro, espero que a mesagem deste texto possa purificar sua mente das mazelas e ideologia teológicas, para servir ao único, eterno e verdadeiro D'us, o D'us de Avraham, Isaac e Yacov!
BH!!!
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