Profecia e significado em Beha'alotcha: A Menorá
Na porção semanal Beha'alotcha, a Torá nos presenteia com a grandiosa instrução de acender as luzes da Menorá no Mishkan.
Mais do que um mero ritual, ou obediência a ordem de HaShem, essa mitsvá (mandamento), esconde uma mensagem profética sobre a alma do povo judeu e sua missão no mundo.
Vamos por parte:
Em todas as sinagogas espalhadas pelo mundo, os nossos olhos se fixam num quadro na parede com o Tehilim 67, majestosamente adornado na parede, que em regra marca a posição geografica de Jerusalém. Seus sete versos, simbolizam os sete braços da Menorá; suas 49 palavras refletem as 49 gravuras que estavam nela.
Isso não é mera coincidência. Essa simetria chama nossa atenção a uma reflexão profunda sobre a interconexão entre a Menorá e a alma judaica, qual seja:
Após a destruição do Beit Hamikdash (o 2° Templo), a Menorá física não pôde mais iluminar o mundo. Por outro lado, a luz da Torá passou a ser reproduzida por cada alma judia, que assumiu a missão de ser luz entre as nações por o de foram espalhados. Nas palavras do Rabino Elazar, no Tratado Megillah 17a, apresenta diz sobre a dispersão de Israel:
"Rabi Elazar disse: Por que Israel foi disperso entre as nações? Para que eles façam prosélitos."
Não foi com a destruição do templo e o sequestro da Menorá que se apagou a sua luz!!!
Com esse sequestro, documentado até hoje visível no Arco de Tito em Roma, toda a humanidade passou a ter acesso à Torá.
A missão do povo judeu não se apagou, pelo contrário, ficou mais vívida. Cada alma judia se tornou uma Menorá viva, encarregada de propagar a luz da Torá através das "práticas judaicas" que refletem simplesmente a obediência à Palavra de HaShem.
Assim, como os sete braços da Menorá se unem em um todo harmonioso, cada alma judia, ao viver de acordo com a Torá, se conecta uma às outras, formando uma comunidade vibrante e iluminada.
Ao observarmos a Menorá na sinagoga, lembremo-nos de que somos parte de algo maior: a grande Menorá viva que é o povo judeu.
BH
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