Kipá e o mandamento de amar ao próximo



 Para nós judeus, usar kipá, chapéu ou boina é um ato-declaração, um sinal, para si próprio e para os que o vêm, de submissão e obediência à autoridade D'us e sua Torá. A saber, a cabeça coberta, sinalizando a todos (e lembra ao usuário) que não sou livre para fazer o que eu quero mas, que por ser livre, opto pela autoridade e comando D'us, a que esta cobertura indica.

Usar cobertura de cabeça pode ser um simbolismo, obrigações (militares) ou, simplesmente, moda.

Interessante é o hábito de se tirar o chapéu para outra pessoa como sinal de respeito, diferente do judeu que não se cansa o kipá, e tem profundo respeito ao próximo. 

A tradição de tirar o chapéu para saudar alguém tem uma longa história em diversas culturas e épocas específicas.

Em resumo, na Idade Média, na Europa medieval, tirar o capacete era um sinal de respeito e submissão, pois deixava a cabeça vulnerável. Com o tempo, essa prática se estende para os outros tipos, como chapéus, boinas e solidéu. Mas o sentido era de respeito. 

Em outra época e contexto, tirar o chapéu também era visto como um sinal de paz, pois mostrava que uma pessoa não estava armada e não representava uma ameaça.

E, ainda tinha esse hábito em algumas sociedades, o status social que o chapéu representava. O tipo de chapéu e a maneira como ele era usado indicavam a classe social dessa pessoa. Portanto, esperava-se que o que está em menor status, tire o chapéu diante do que tem maior poder.

Assim, tirar o chapéu para alguém de status superior era uma consideração de sua autoridade. Essa ideia foi bem aceita pela igreja em que, todas as pessoas de todos os status, tiravam o chapéu diante da autoridade católica. Essa mesma prática foi repercutida  pelos ‘protestantes’, hoje evangélicos, que ainda seguem as autoridades papais.

No judaísmo a cabeça representa a sefirá (atributo pelo qual D'us ae revela ao mundo) de Hochmá (sabedoria) que se traduz como  Sabedoria de D'us. 

Cobrir a cabeça com o símbolo, usando o kipá, é o reconhecimento  dessa sabedoria que está acima de nós, e com isso reafirmamos   a nossa disposição em seguir a ética da Torá, como convém a todos que usam. 

No entanto, é importante ressaltar  que a prática de cobrir a cabeça com um kipá não é uma mitsvá (mandamento) ou uma estrita da Lei Judaica (halachá) mas sim, uma tradição ou  trajetória que foi seguida ao longo dos séculos. um mandamento não causa nenhuma vitória para colocar.  Contudo, mesmo sem um kipá, o mais importante é ser honesto nos negócios, amigos leais, respeitadores dos direitos alheios e principalmente, amar ao seu próximo como a si mesmo.  

BH!!!

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