Desvendando os Segredos do Ômer: olah no 33º e 40º dia do ômer!
A Torá, o texto sagrado revelado a Moshé no
Sinai, na presença e testemunha de aproximadamente três milhões de pessoas que ouviram
a voz de Hashem e as manifestações sobrenaturais, escrito há
3.336 anos, esconde segredos que transcendem a compreensão
literal.
Cada letra hebraica, palavra ou frase, carrega consigo mensagens diretas e códigos colocados por D’us, em um sistema de revelação no tempo e no espaço, próprio da linguagem sagrada (hebraico), a língua da criação.
Mas como desvendar esses códigos? Como encontrar a conexão, por exemplo, entre a contagem do Sefirat HaOmer, com os eventos históricos da libertação de Israel, das vitórias e livramentos ligadas a essas Sefirot?
Como compreender a Sefirot da elevação de
Shimon bar Yochai, no 33º, e do Mashiach, no 40º dia do Ômer?
O que dizer da sefirá do dia da Independência de Israel, se estabelecendo como nação
autônoma? Ou, da reconquista de Jerusalém; ou, ainda, mais
recente, o livramento do povo de Israel, com a morte do presidente do Irã, todas ligadas às Sefirot, na
contagem do Ômer?
A Cabala, a sabedoria mística do judaísmo, é uma
das chaves para desvendar esses mistérios. Através
de profunda análise da Torá, em uma linguagem simbólica e
fenomenológica, a Cabala revela as camadas ocultas ligando a Torá, às
práticas do judaísmo e profecias, conectando-os a eventos históricos e
mensagens que revelam o plano de redenção para Israel, como luz das nações e
para toda alma não-judia (humanidade), que decidir se submeter a esse D’us de
Israel.
Neste artigo, tentarei expor o que, para mim, foi
fascinante descobrir através do tempo e da Cabala os
códigos ocultos na Torá, entendendo como a mensagem de D’us se manifesta
em diversos eventos históricos, desde a libertação do Egito até a vinda do
Mashiach. Simplesmente impressionante!!
A contagem da Sefirat HaOmer reflete a redenção de
Israel e a preparação para o recebimento da Torá.
Há conexão entre as Sefirot e as vitórias militares de Israel, incluindo a independência e a reconquista de Jerusalém.
Existe significado oculto da queda do helicóptero e sua relação com a proteção de D'us.
E as Sefirot como o índice de um livro de
complexidade quântica, marca a data de elevação (olah) do Mashiach no 40º dia
do Ômer e do grande Cabalista em Lag Baomer, no 33°.
Inicialmente, cabe informar que este estudo é
exploratório, e que conexões entre os simbolismos messiânicos com Hod
Shebissod é uma interpretação mística baseada na cultura judaica.
O mistério aqui revelado em Hod Shebissod, é uma perspectiva profunda sobre a redenção final e a conexão da humanidade com a glória de D’us.
Começaremos pela elevação do Mashiach no 40º dia do Ômer e sua relação com Lag Baomer, elevação de Shimon bar Yochai.
Procuraremos refletir a profunda conexão entre
Yeshua, um judeu rabino único em seu gênero, nascido no primeiro
século, e as repercussões reais e simbólicas no conceito cabalístico de
Hod Shebissod.
Yeshua, frequentemente confundido com Jesus,
que não tem absoluta e radicalmente nada a ver um com outro, sob nenhum aspecto, representa
o "mistério" (sod) de Hod Shebissod, simbolizando a redenção
final do povo de Israel, com quem Hashem tem pacto, aproveitando à toda
humanidade, na seguinte perspectiva:
Aos estrangeiros נֵכָר que se unirem לָוָה ao SENHOR יְהוָה, para o servirem שָׁרַת e para amarem אָהַב o nome שֵׁם do SENHOR יְהוָה, sendo deste modo servos עֶבֶד seus, sim, todos os que guardam שָׁמַר o sábado שַׁבָּת, não o profanando חָלַל , e abraçam חָזַק a minha aliança בְּרִית
Yeshua, semelhantemente aos cabalistas
Yochanan do livro de Revelação e Shimon bar Yochay, nascidos na Galileia no
primeiro século da era comum, era um rabino itinerante que anunciava a chegada
reino de D’us e a necessidade de fazer Teshuvá (retorno ao padrão da
Torá). Seus ensinamentos e interpretação autêntica da Torá,
desafiaram as autoridades religiosas e políticas da época, levando-o à sua
morte. Seus alunos e seguidores relataram as suas aparições, após a morte,
revelando a sua ressurreição. Flavio Josefo diz que ele faleceu no ano 30
d.C., (Antiguidades Judaicas, 20:200-3), e diz que a vida, morte e ressureição
de Yeshua foi testemunhada por muitos (18:63-64).
A figura de Yeshua, no meio judaico, permanece
envolta em mistério, com diferentes interpretações sobre sua natureza e missão,
tendo rabinos de peso que o reconhecem como o Mashiach, e a maioria, não o
reconhece.
Desde o início do ano 2000, a quantidade de pessoas que passaram a se despertar para o
judaísmo, é impressionante. A cada dia, mais e mais pessoas
procuram se inteirar, e, por falta de rabinos ortodoxos para
conduzirem essa energia para o judaísmo ortodoxo, estão a seguir, muitas
vezes, pessoas bem intencionadas, mas que, por falta de um processo de
conversão para retirar a nefasta teologia cristã da mente, seguem em tentativa e
erro, a construir uma prática fruto de sua interpretação e chamam de
judaísmo (...).
Mas o que
tem a ascensão (olah) de Yeshua com o 40º do Ômer?
No quadragésimo dia da contagem do Ômer, a Sefirot
é Hod Shebissod: Ela é a sétima sefirá e a revelação da glória de D’us.
Na Cabala, a Árvore da Vida representa a
emanação da realidade Hashem através de 10 Sefiirot, ou esferas
interconectadas que simbolizam diferentes aspectos da criação. Hod
Shebissod, a sétima Sefirá, ocupa uma posição crucial nessa estrutura
mística.
Compreendendo Hod shebissod
Para compreender estas duas palavras vamos aos seus
conceitos hebraico e cabalístico.
Hod (הוד): Derivada da raiz
hebraica הָדָה (hodah), que significa "louvor", "glória",
"esplendor" ou "majestade". No contexto da Cabala, Hod
representa a sétima Sefirá na Árvore da Vida, simbolizando a manifestação da
glória de D'us na criação.
Shebissod (שֶׁבְּסוֹד): Uma
construção gramatical hebraica composta pela preposição בְּ (be), que
significa "em" ou "dentro", e a
palavra סוֹד (sod), que significa "segredo",
"mistério" ou "conhecimento oculto". Essa combinação indica
que Hod Shebissod está conectado a um conhecimento secreto ou a uma
dimensão oculta da realidade.
Na Cabala, Hod Shebissod se refere à dimensão
oculta da Sefirá Hod, onde a glória de D’us se manifesta de forma
incompreensível à mente humana. Essa dimensão secreta está associada à
contemplação mística, à revelação de segredos de D'us, e a transformação
espiritual.
Portanto, o significado combinado das duas palavras ao unirmos as raízes de Hod הוד e Shebissod שֶׁבְּסוֹד, pode-se interpretar o termo como:
"A glória (Hod) que reside no segredo (Shebissod)"
"O esplendor (Hod) que está oculto (Shebissod)"
"A majestade (Hod) que se revela através do conhecimento secreto (Shebissod)"
No âmbito da tradição rabínica e cabalística, Hod
shebissod representa uma dimensão oculta da realidade de
Hashem, frequentemente associada ao esplendor da majestade e
à beleza da santidade. Essa esfera mística, envolta em
mistério e simbolismo (linguagem fenomenológica), transcende a compreensão
humana convencional e aponta para um nível superior de consciência espiritual.
Em outras palavras, Hod
shebissod (a glória que reside no segredo) se manifesta como a sétima Sefirá na
Árvore da Vida, representando a manifestação da luz de Hashem na
criação material. E, como é a glória, esplendor no oculto, essa
dimensão, 'encriptada', está associada à contemplação mística,
à revelação de segredos de D'us e à transformação
espiritual.
Desta forma, é necessário aprofundar numa análise
multidimensional dos mistérios judaicos, para adentrar a algumas camadas destes
segredos e trazer à consciência.
O mistério da redenção humana utilizada por Hashem,
tendo por realidade uma matéria perecível (corpo) com um ruach eterno (alma), e
o mundo de Hashem (espiritual), é algo profundo e transcendente, que só é revelado mediante nível de santidade combinado com tempo profético e
autorização de Hashem para conhecimento do homem.
Como explicar que o Mashiach prometido viria e o
próprio D'us que prometeu a seu povo este messias, fecharia os olhos das autoridades de seu povo para
não o reconhecer? Como compreender o amor e a severidade e a sua bondade
(hessed) para resgatar cada alma, conforme o nível de sua consciência, dentro do que lhe foi
permitido revelar D’us?
Na tentativa de trazer a consciência parte desses mistérios da ligação da missão do Mashiach para redenção da humanidade, o rabino Shaul utiliza a metáfora do enxerto para exemplificar a ampliação do alcance da bessorá (boa notícia) e explicar o porquê das autoridades religiosas e políticas da Judeia, não reconhecerem Yeshua como Mashiach. Shaul apresenta essa metáfora da seguinte forma:
Quanto à cegueira dos judeus, proporcionada por D’us, para que eles não reconhecessem Yeshua como o Mashiach, não se referia a um ato punitivo para eles, mas para que se cumprisse a profecia do servo sofredor, que no Talmud, diz que se refere ao Mashiach, que viria manso e humilde montado em um asno, que seria morto e traspassado.
Quanto a redenção dos gentios, ao anunciar a
notícia extraordinária que o Mashiach já havia chegado para o processo de
redenção, prometido por D’us, para o seu povo, e em especial para os Efrainitas
(10 tribos perdidas), que estavam assimilados, foi oportunizado a todos os
não-israelitas (estrangeiros), que quisessem integrar a esse pacto, pudessem
fazê-lo, mediante a sua submissão, como foi na saída do Egito, que saíram os
judeus com uma mistura de povos e todos, a partir da decisão de submeter à
Torá, passaram a ser chamados povo de Israel! Assim, Shaul, os convida a
participar da nova aliança em Yeshua, o Mashiach. E desta forma, os gentios se
tornam concidadãos dos judeus, compartilhando dos mesmos benefícios da redenção
de Hashem!!
Shaul enfatiza a função do Mashiach, como resgatador e redentor, que através de sua morte e ressurreição, abriu caminho para a redenção de toda alma que quiser se aproximar (teshuvá) de D’us, independentemente de etnia ou religião.
Nesse sistema em que D’us esconde o Mashiach (cegueira) de seu povo e, logo, passa a ser resgatador de toda a humanidade, para além do seu compromisso pactuado com as 10 tribos perdidas, revela a glória, esplendor e majestade que reside no segredo que se revela através do conhecimento.
Na tradição rabínica, Hod shebissod é associado à capacidade de D’us de revelar sua glória e majestade ao mundo. Essa revelação, no entanto, não se dá de forma direta e imediata, mas sim através de canais e mediações específicas, protegendo a humanidade da intensidade poderosa da luz de D'us. Por que D’us disse: “Você não poderá ver a minha face, porque nenhum ser humano pode me ver e continuar vivo.” Shemot (Ex.) 33.20
Hod Shebissod, cujo nome pode significar "glória no segredo", se refere à dimensão oculta da Sefirá Hod. Te pergunto: pode existir algo maior que, pela bondade de D’us prover um projeto de redenção de toda as nações, com quem Ele não tinha nenhum pacto? Essa atmosfera mística está associada e é percebida pela contemplação espiritual, que induz à fé, à transformação individual e à revelação de segredos de Hashem.
Assim, Yeshua, se
apresenta como a revelação do mistério de Hod Shebissod, como dito
pelo Rabi Meir, um dos mais influentes sábios judeus do período talmúdico
(200-500 d.C.): "A majestade (Hod) que
se revela através do conhecimento secreto (Shebissod)"
A vida morte, morte e a ressurreição,
realizada por D’us, deu início ao processo de redenção, abrindo caminho
para os Efrainitas, pois estavam assimilados, não se diferenciando dos
estrangeiros, como foi dito no Talmud Babilônico pelo “Rabi Yochanan disse: eles
se tornaram como perfeitos gentios, pois realmente carregavam arcos [para lutar
contra Israel]."( Tratado Sanhedrin 105b). Porém, com o mesmo status de
gentio para os Efrainitas, Yeshua estendeu a conexão da humanidade
(gentios) com a glória de D’us.
O Olah (elevação) de Yeshua aos céus, no 40º dia do
Ômer, simbolizaria sua subida à glória de D’us e o início
da redenção que se dará em dois momentos presenciais do Mashiach: O primeiro,
como diz o Talmud, como o servo sofredor, humilde e montado em um burrinho, que
seria morto e depois, o segundo e final momento, vindo nas nuvens com todo poder
e glória, própria de um Rei, para a redenção final, no qual, inaugurará
o milênio de seu reinado. https://judaismo-no-foco.blogspot.com/2024/04/o-messias-prometido-na-tora.html
O Olah (elevação) marca o início de um novo ciclo
de preparação para a vinda do Mashiach bem David (rei), que trará paz e
justiça ao mundo. Pois assim está escrito tratado Sanhedrin 97a:
"Rabi Eliezer disse: O mundo durará 6.000 anos - 2.000 anos de caos, 2.000 anos de Torá, e 2.000 anos do Messias."
Assim, Yeshua representa o mistério mais profundo
em Hod Shebissod, pois oferece uma perspectiva profunda e reveladora do plano
de redenção final e a conexão da humanidade com a glória de D’us. Isto é
confirmado pela tradição cabalística que associa Hod shebissod à vinda
do Mashiach, como, no Zohar, do Rabino Shimon bar Yochay, que diz:
Quando Hod shebissod for revelado,
então o Mashiach virá, pois a revelação desse atributo oculto abrirá as portas
para a redenção final. (Zohar, Parte III, 127b)
Também em Likutei Torah, do Rabi Schneur Zalman de
Liadi, diz:
A revelação de Hod shebissod, a glória
oculta de Deus, prepara o caminho para a vinda do Mashiach e o início da era
messiânica de paz e justiça. (Likutei Torah, Parshat Pinchas)
A revelação da glória de D’us em Hod
shebissod, seria um prenúncio da chegada do Mashiach e da era messiânica
de paz e justiça. E em nossa concepção está correto pois é um só
processo de redenção dividido em dois estágios necessários com
a presença física do Mashiach (servo sofredor e Mashiach bem
David). Como Sevo sofredor, pretipificando o Mashiach ben Yosef, Hod
retrata a personalidade do Mashiach sofredor, pois hod está ligado à:
Humildade (Anavah):
Hod representa a qualidade da humildade e da abnegação diante da grandeza e
majestade de D'us. É visto como a capacidade de se esvaziar do ego para
permitir a manifestação de Hashem.
Reverência (Yirah):
Hod está associado ao sentimento de reverência, profundo temor diante da
transcendência de Deus, expressa na atitude de profundo respeito e submissão ao
"Ein Sof" (refere-se ao conceito do Infinito, do Absoluto, da
transcendência de Hashem).
Nessa perspectiva cabalística, o atributo de Hod
shebissod carrega em si a potencialidade da manifestação plena, evidenciando a
vinda do Messias (dois mil anos) e da era messiânica de redenção (mil anos).
Desta forma, fica compreendida a ligação entre esta
emanação e a elevação (olah) de Yeshua no 40º dia da contagem do Ômer.
Essa conexão entre Hod
Shebissod com o Talmud, Tora está ligada às
Profecias sobre o Mashiach, nos símbolos, como, por exemplo, a coroa, símbolo da realeza de D'us, está intimamente
associada ao Mashiach, que reinará com justiça e sabedoria sobre o mundo, bem
como o simbolismo do trono, representa a
autoridade de D’us, sendo, também, um símbolo do Mashiach, que julgará o mundo
com justiça e misericórdia. Esta era será como predito pelo profeta Isaías 11:1-10, que descreve essa era
como um período de paz e harmonia entre todas as criaturas vivas, que refletem
a revelação da glória de D’us em Hod Shebissod. Zacarias
6:12-13, apresenta o Mashiach como um sacerdote e um rei,
também reforça essa conexão.
Mas, como
se divide as emanações dos atributos de Hashem, mediante as Sefirot na contagem do Ômer?
A Contagem do Ômer, um período de 49 dias
entre Pessach e Shavuot, é a oportunidade anual para explorar a conexão
profunda entre as Sefirot, as emanações dos atributos de D'us, e a
modelagem de nossa nefesh, ruach e neshamá.
Através da contagem diária, compreensão e recitação das orações específicas, podemos nos aproximar da essência de Hashem e cultivar as qualidades positivas representadas por cada Sefirá.
As Sefirot que espelham os atributos de D'us são distribuídos em Dez Sefirot, que são pilares fundamentais da Cabalá. Elas representam os atributos de Hashem que se manifestam na criação. Cada Sefirá possui características e qualidades únicas que influenciam a realidade física e espiritual.
Mas por que se estabeleceu essa ligação dos 49 dias da contagem do
Ômer com as Sefirot?
A conexão entre as Sefirot e a contagem do Ômer, está estruturada em sete semanas de sete dias, está intimamente que se liga às sete Sefirot inferiores da Árvore da Vida.
Esta Árvore da Vida (Etz Chaim) é composta por dez Sefirot, que são divididas em dois grupos: as sete Sefirot "inferiores" e as três Sefirot "superiores".
Elas são chamadas de "inferiores" pois estão mais próximas do mundo manifestado, da realidade criada, sendo elas: Chesed (Misericórdia), Gevurah (Severidade), Tiferet (Beleza), Netzach (Vitória), Hod (Glória), Yesod (Fundamento) e Malchut (Reino).
Já as Três Sefirot Superiores, por são consideradas "superiores" por estarem mais próximas da própria Essência de Hashem, o Ein Sof (o Infinito), são elas: Keter (Coroa), Chochmá (Sabedoria) e Biná (Entendimento).
Portanto a diferença entre esses dois grupos está
na proximidade em relação à fonte primordial, a saber as Sefirot Superiores
estão mais diretamente ligadas ao Ein Sof, à Divindade Transcendente. Elas
representam os atributos mais elevados e abstratos de D'us.
As Sefirot Inferiores, por sua vez, estão mais
próximas da realidade criada e finita. Elas expressam os atributos de Hasem que
se manifestam e se revelam no mundo.
Essa divisão hierárquica reflete a compreensão cabalística de que D'us se revela gradualmente, desde suas dimensões mais ocultas e inefáveis até suas expressões mais concretas e acessíveis.
Correspondência das Sefirot para a Contagem Do Ômer
Cada semana se concentra em uma Sefirá específica,
nos sensibilizando a cultivar seus atributos positivos e nos prepararmos para a
recepção da Torá em Shavuot:
Semana
1: Chesed
(Misericórdia): Cultivar a compaixão, o amor e a bondade.
Semana
2: Gevurah
(Justiça): Desenvolver força interior, disciplina e
discernimento.
Semana
3: Tiferet
(Beleza): Buscar harmonia, equilíbrio e gratidão.
Semana
4: Netzach
(Vitória): Fortalecer a perseverança, a coragem e a fé.
Semana
5: Hod
(Esplendor): Cultivar a humildade, a generosidade e a reverência.
Semana 6: Yesod
(Fundação): Fortalecer a conexão com a essência de D'us, a
estabilidade e a confiança.
Semana
7: Malkuth
(Reinado): Cultivar a liderança, a responsabilidade e a
canalização da energia de D'us para o mundo.
Assim, cada dia traz uma emanação associada a outra
que a potencializa, como, por exemplo, a Torá do Mashiach (que não é outra, mas
o seu nível de consciência e prática) ele e explicitou a dimensão do amor na
relação com o conjugue com D'us no tema 'não adulterar'. Ele disse: "aquele
que olhar para uma mulher para desejá-la, já adulterou com ela, em seu
coração." (Matityahu 5:28)
Todas as palavras e ações do Mashiach estavam
resplandecendo cada Sefirot com sua repercussão mais profunda. Esta
característica do Mashiach já era esperada na tradição judaica. Por esta razão,
é que a na vinda do Mashiach trará paz e justiça ao
mundo, é isto, se entrelaça intrinsecamente com o conceito de Hod Shebissod, a sétima Sefirá na Árvore da Vida
cabalística, representando a manifestação da glória de
Hashem na criação, varão perfeito, no exemplo acima. Essas
conexões profundas, envolta em mistério e simbolismo, abre um portal para a
compreensão da redenção final e do papel do Mashiach na transformação do mundo.
Hod Shebissod, como uma dimensão oculta da
realidade de D'us, transcende a compreensão humana convencional, revelando-se
como o esplendor da majestade e a beleza da santidade. Essa esfera mística, simbolizada
por imagens de realeza, esplendor e magnificência, aponta para a unidade essencial da realidade e a manifestação da luz de D'us na criação.
A revelação da Torá viva, o Mashiach, conexão
máxima do ser com o Criador, revela a glória de D’us em Hod Shebissod, beleza
transcendente no oculto, potencializado em um projeto de redenção de seu povo e
ampliado para humanidade. Essa revelação, que trará paz, justiça e
harmonia ao mundo, é prefigurada na beleza da criação, na santidade da Torá e
nos milagres realizados por Deus ao longo da história.
O Mashiach, em sua missão redentora, é visto como
um canal da luz de D'us em Hod Shebissod.
Através dele, a glória e a majestade de Deus se manifestarão plenamente na
terra, dissipando a escuridão da opressão e da injustiça. A vinda do Mashiach,
portanto, representa a culminação da história da
humanidade e a realização do plano de D'us, da redenção.
Mas qual a
ligação entre o 33º, Lag Baomer, e o 40º dia do Ômer?
A data de Lag BaOmer é super conhecida e celebrada
em todas as comunidades judaicas, pois marca o fim do período de luto pela
morte de Rabi Shimon bar Yochai e a revelação de segredos da Torá que iluminaram
o mundo.
Por um lado, Lag Bomer revela no 33º dia do Ômer, a
elevação de um tzadik desta dimensão, que com a sua morte, aguarda a ressurreição,
representando, assim, a possibilidade do ser mortal atingir níveis de
santidades e conhecimento inacreditáveis, representado por Shimon. Interessante
que faz ligação com a idade de morte do Machiach, 33 anos.
Rabi Shimon bar Yochai dedicou grande parte de sua
vida à contemplação da redenção final e da vinda do
Mashiach. Ele acreditava que a redenção final seria alcançada através
da elevação da consciência humana e da conexão com a
luz de Hashem.
Era conhecido como um mortal que transcendia o
mundo físico e acessava o mundo espiritual. Seus
ensinamentos são profundos, simbólicos e fenomenológicos, gerando muitas
interpretações.
O legado de Rabi Shimon bar Yochai continua a ser
importante, contudo aguarda a ressurreição.
O quadragésimo dia da Contagem do Ômer, conhecido como Hod Shebissod, é um grande dia que deve ser comemorado e incorporado à tradição judaica. É um momento para celebrar a bondade e relembrar o pacto cumprido de D'us e aguardar a vinda do Mashiach ben David, para redenção final. A confluência de simbolismos nesse dia nos induz a uma profunda reflexão sobre nossa relação com o Eterno e nosso papel no ticum (retificação) do mundo.
A título de conclusão, pode-se dizer que aprouve a Hashem escolher o 40º do Ômer, com a emanação de Hod Shebissod que simboliza a dimensão oculta e mais elevada do esplendor dEle, revelada através da contemplação espiritual e da conexão com o Sagrado, bendito seja Ele. Percebe-se, pelo exposto, a ligação profunda do simbolismo e fundamento da emanação de Hod Shebissod, tanto no reflexo da glória, esplendor ou da majestade que reside no que está oculto e se revela através do conhecimento secreto que se apresenta, quanto, no momento ideal (40° dia) para o Olah (elevação) do Mashiach, que marcam as características imanentes da personificação da própria Torá, na criatura, nos atos, valores e autoridade de Yeshua, (criatura) como esplendor visível do próprio Hashem (Tzimtzum, צמצום, "contração"). Portanto, todas as comunidadesjudaiscas espalhadas pelo mundo deveriam fazer uma festa no 44° dia do Ômer para celebração do dia do Início da Redenção.
Relembrando, está é uma reflexão exploratória, na
tentativa de contribuir para compreensão das razões pelas quais Hashem escolheu
o 40° dia para a elevação (olah) do Mashiach, no início da redenção como o
servo sofredor.
BH!!
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