Behukotay: História de Israel é o resumo da redenção humana



Na porção (בְּחֻקֹּתַי) Behukotay (nos meus estatutos) aparece a indicação, como consequência, de bênçãos e maldições para o povo de Israel, que se aplica a ele, como destinatário da mensagem, mas que como princípio de justiça aplica a toda a humanidade e a você, no mesmo padrão de equidade, ressalvado apenas o nível de santidade que Hashem espera do seu povo, da humanidade, e de você leitor, pelo nível de revelação (compreensão) da ética (Torá) e da aproximação de D’us.

A história do povo de D’us, Israel, tal como é interpretada através das lentes da academia, filosofia judaica e do Talmud, é de uma riqueza incrível que entrelaça a história, a profecia e a espiritualidade.

Todos os eventos, da eleição de Avraham até a constituição de Israel como nação, na saída do Egito, passando por toda perseguição, pela expulsão dos judeus de sua terra ancestral e a subsequente diáspora são eventos que têm sido contemplados e explicados por séculos, com base no Talmud, escritos rabínicos e kabalá.

A constituição de Israel como um reino de sacerdotes, como descrito no Livro do Shemot/Êxodo, estabelece um ideal espiritual para o povo judeu. Cada família judia foi chamada a ser um modelo de conexão com D’us, um modelo de vida espiritual que irradia luz para o mundo.

Ser portador da semente de Avraham não é uma opção ser ou não tzadik (santo). Cada alma que vem para este mundo é escolhida para seu mister na família,  sociedade, país e época,  segundo o projeto de D'us.  Por isso  viver conforme a ética de Hashem em obediência à Torá,  é a própria vida desse hebreu.

Ao longo dos séculos, os judeus foram exilados, perseguidos e oprimidos, mas sua fé e esperança nunca se apagaram. Essa jornada épica, repleta de ensinamentos valiosos, oferece uma perspectiva única sobre a natureza humana, a relação com o divino e o significado da redenção.

 

O que poderia determinar as perseguições e os momentos de Shalom (paz, plenitude, prosperidade) de Israel é a mesma para você e para a humanidade?

Em sentido alegórico, em Behukotai, temos a regra geral semelhante ao podador que retira todo pequeno broto que surge no tronco de árvores, ara que ela cresça sempre para cima, de forma que sua madeira seja perfeita, sem ‘nos’, que a desvaloriza. As bênçãos e Maldições são alertas, podas para que haja a elevação espiritual (Vayikra/Lv. 26 e 27), pois diz:

“Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, então, ...” (só Bênções)

“Mas, se me não ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos; se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se aborrecer dos meus juízos, a ponto de não cumprir todos os meus mandamentos, e violardes a minha aliança, então, eu vos farei isto:...” (só apertos e correções)

No judaísmo, as bênçãos e maldições descritas na Torá são entendidas como realidades concretas que podem ser experimentadas pelo povo judeu, resultantes de sua obediência ou desobediência aos mandamentos divinos. Essas bênçãos e maldições não são vistas apenas como alegorias, mas como consequências reais das ações humanas em relação à vontade de D’us. 

 

Que paralelo poderia existir entre Israel, a Torá e as Sete Leis de Noé?

Assim como o povo de Israel começa com a escolha de Avraham, com duas gestações milagrosas, a de Sarah e a de Rivka. Duas estéreis que D’us proveu óvulo para sua fertilização. Depois com Yaacov começa a constituição de um povo.

Portanto, D’us criou esse povo desde a semente de Avraham com um propósito específico seguir os preceitos da Torá para ser luz das nações, com objetivo de trazer a redenção à humanidade.

Para o povo judeu, cumprir a Torá não é opção, porque possui uma missão inafastável de ser luz, exemplo e reino de sacerdotes para toda humanidade. Seu afastamento dos preceitos, impõem correção de direção, como várias vezes os profetas antecipadamente aos apertos (maldições) alertavam. E se seguem a tora de forma livre e com a intenção apropriada, gera, por essa lei espiritual, shalom (prosperidade, alegria, paz, plenitude, saúde).

 

 Mas a humanidade não está sujeita às mesmas leis?

Toda a humanidade recebeu um conjunto de leis universais, as Sete Leis de Noé, que servem como um código ético fundamental mínimo estabelecido por D’us para que as mesmas leis de bênçãos e maldições sejam aplicadas, ou seja, se a humanidade em geral, ou você mesmo, leitor, afastar dos preceitos noéticos, terá por consequência a correção de direção, para que possa viver em uma sociedade com shalom (prosperidade, alegria, paz, plenitude, saúde).

O que distingue o povo de Israel da sociedade em geral é o nível de santidade que se espera, segundo o propósito de sua natureza. A sociedade em geral existia e foi constituída a partir de Adan Rishon (primeiro homem). Daí em diante o afastamento das instruções (Torá oral) gerou várias correções, como o dilúvio.

Nas porções que antecede Behukotay, estão as que são dadas exclusivamente para os que são exclusivas para os do sêmen, semente de Avraham (Kedoshim (Vayikra/Lv 19:2), estabelecendo um padrão de santidade que começa para o cidadão comum de Israel, passando para os levitas, depois para os sacerdotes, chegando ao sumo sacerdote, com regras de santidade cada vez mais estritas.

Desta forma, a Torá, representa o pacto sagrado entre D’us e o povo de Israel, estabelecendo um conjunto de leis e princípios que visam guiar o povo em direção à santidade, prosperidade e servir de kohem (aproximadores de Hashem) para as famílias da terra.

Assim sendo, a observância da Torá é vista como um dever inafastável para os israelitas, pois representa a fidelidade ao pacto (brit), realizado com D’us, para suas vidas. Através da obediência às leis da Torá, o povo de Israel busca alcançar um estado de santidade compatível com a sua missão no processo de redenção da humanidade pela  obediência à Torá.

Por outro lado, as Sete Leis de Noé, também presentes na Torá, são consideradas leis universais que se aplicam a toda a humanidade. Estas leis estabelecem princípios básicos de moralidade e justiça, como a proibição do assassinato, do roubo e crer apenas em Hashem, que conduzirá a sociedade para manutenção da vida em um nível de consciência que gera condições intelectuais e experienciais a cada um, de possibilidade de decidir com consciência se submeter ao pacto que D’us tem com o Israel, resolvendo fazer parte, não como israelita, mas para integrar ao povo de D’us no futuro Reino de D’us, no Olam Habá (mundo vindouro).

Assim como a Torá guia o povo de Israel, as Sete Leis de Noé servem como um código ético inafastável para a humanidade.

 Observe que o objetivo não é a consequência da bênção ou maldição, mas o ponto principal é a preparação da mente, possibilitar compreensão límpida, com honestidade intelectual e de raciocínio, para decidir se submeter a Hashem, e não, numa visão tacanha e egocêntrica, de construir uma sociedade mais justa, próspera e harmoniosa.

Este é o seu desafio: conhecer a Torá pela lente daqueles que D’us estabeleceu como reino de sacerdotes (judeus e o judaísmo) ou seguir a interpretação de outros povos que interpretam a Bíblia com suas filosofias gregas ou orientais, gerando um deus bipolar que, ora diz que suas festas são eternas, ora foi revogada, ora sua lei é fiel e eterna, ora foi anulada no madeiro. Quanta confusão!!

Arrisco em propor uma pequena parábola:

Em uma aldeia italiana, vivia um jovem pintor chamado Giovani, fascinado pela obra de Leonardo da Vinci. Ele sonhava em pintar como o mestre, mas suas próprias tendências e estilos o prendiam em uma caixa de criatividade limitada. Um dia, Giovani encontrou um antigo livro empoeirado, escrito pelo próprio Leonardo, que descrevia a Mona Lisa em detalhes técnicos impressionantes.

Com entusiasmo, Giovane devorou o livro, memorizando cada palavra e pincelada. Ele decidiu pintar sua própria Mona Lisa, seguindo as instruções de Leonardo à risca. Dias se transformaram em semanas, e Giovane se dedicou com fervor à sua obra, anulando seus próprios instintos e valores para incorporar os do mestre.

Enquanto isso, na aldeia, outros pintores também tentavam replicar a Mona Lisa. Cada um usava suas próprias técnicas e estilos, buscando capturar a essência da obra com sua própria visão. No final do concurso, os juízes observaram todas as pinturas com atenção. As obras eram lindas e criativas, mas nenhuma delas capturava a verdadeira essência da Mona Lisa. Apenas a pintura de Giovane, fiel às instruções de Leonardo, se destacava com a perfeição e o mistério que tanto caracterizavam a obra original.

Assim como Giovane, ao seguir as instruções de Leonardo, conseguiu reproduzir a obra do seu idealizador, nós também podemos cumprir com nossa missão em nossas vidas ao seguirmos as instruções de D’us, se anularmos os valores teológicos contrários à Torá, submeter nossas consciências com honestidade para incorporar os valores e interpretações correlatos das Sagradas Escrituras, para a qual fomos feitos e chamados.

Fique do lado certo da interpretação da Torá. Contate-nos para maiores informações. judaismonofoco@gmail.com 

B H!!







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