Um direito disponível: Isaias 56

 


Renunciando a fé.

Yeshua veio para salvar o mundo ou as 10 tribos perdidas? Que história é esta?

Em Mateus 1:21 diz "E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome Yeshua; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados."

Este versículo justifica a razão da escolha do nome. Ou seja, seu nome é Yeshua, que significa salvação, porque ele irá salvar Israel (ovelhas perdidas) "seu povo", libertando-os dos seus pecados. 

Mas o que ocorreu para que D'us despedisse, colocasse para fora de seu pacto as 10 tribos do norte (por em breve tempo) como qualquer nação gentílica, a saber, sem pacto?

Os pecados do Reino do Norte de Israel que culminaram na "carta de divórcio" de D'us, dispersando-os pelas nações e sendo assimiladas (perdendo a identidade judaica que é a prática rigorosa de todas as mitzvot (mandamentos) entre as nações do mundo, foram:

A mais grave transgressão à Torá e que não tem solução de perdão pelo sistema de korbanot: a idolatria.

Com a divisão do reino em reino do norte e do sul, os líderes e sacerdotes do norte, tiveram que criar um novo judaísmo, com uma nova identidade, pois o local de adoração (Jerusalém) para realização das festas e calendário para suas realizações, tinham que ser revistos. E mais, o novo local necessitaria reorganizar os sacerdotes, novo templo, criar um novo Sanhedrin, ter novo kohen gadol; dar novas versões (interpretação) para os textos proféticos, etc. Enfim, criar uma nova religião, con aparência kosher, mas que ao cabo, é caminho de perdição, como fez o Cristianismo, no ano 300 em diante.

O reino do norte (Israel) praticou a idolatria, com deuses pagãos como Baal e Asherá, contrariando o mandamento fundamental: não terão outros deuses, na minha presença.

Construíram altares e templos para esses shedim (שדים ddemônis ou espíritos malignos) participaram ativamente em rituais como da prostituição cultual e sacrifícios de crianças.

Afastaram-se da Torá, que na cultura geral se traduz como apostasia.

O abandono da Torá e da consequente inobservância cuidadosa (ritos e com o entendimento cativo à D'us) dessa Lei, acabou por criar camadas de impureza que os tornaram cegos, irrecuperáveis, como foi no tempo de Noach.

A transgressão aos mandamentos (guardar os shabatot e celebração das festas no seu devido tempo e forma prescrita), identificava rebelião ativa (sacerdotes, líderes e quem conhecia a Torá) e passiva (10 tribos que sabiam e sublimava atribuindo responsabilidade aos sacerdotes e os que por ignorância, seguiam seus líderes por tradição).

Por abandono da Torá, imperou-se a injustiça social. A opressão dos pobres, órfãos e viúvas passaram a ser a regra pelas classes dominantes.

Perversão dos costumes com práticas sexuais imorais e transgressões das leis de pureza.

Corrupção política com a exploração econômica dos líderes do reino de Israel (norte).

A justiça deixou os parâmetros da Torá para ser as das conveniências humana, gerando seus filhos: violência, conflito social, distúrbios e guerra.

Com esse quadro, e sendo um povo religioso, surgiram os profetas de ocasião. Os falsos profetas que sapateavam sobre as sagradas escrituras, falavam línguas teológicas estranhas às contidas na Tora escrita e oral, pregavam mensagens enganosas e distorciam a palavra de D'us. Manipulavam a fé do povo para fins políticos e pessoais, promovendo a relativização da Torá, da autoridade se Hashem e descrédito à verdadeira profecia, dos profetas que a essa época, ainda existia.

Em síntese, essas foram as ações pelas quais gerou a rejeição, e contribuiu para a separação definitiva entre o povo de Israel (Norte) com o verdadeiro judaísmo, que é a prática cuidadosa da Torá na forma e sentido, exemplificada por nosso rebe Yeshua. 

Assim, quando Hashem revela em Mateus 1:21: "E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome Yeshua; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados." Este propósito está em contradição com o que Yeshua revelou como seu único objetivo de vida, quando diz "vim, senão para as ovelhas perdidas  da casa de Israel"?

Para compreender esta informação dada a Yosssef em sonho (Mt 1:29) deve ser contrastada com o que disse o próprio Yeshua sobre a razão de ter vindo. A saber tem que contrapor a razão apresentada no sonho de Yosssef com a declaração de Yeshua sobre seu propósito ou razão de vida.

Cotejando com outros versículos, revela-se que Yeshua não agia por vontade própria, mas sim em cumprimento ao mandato de D'us. Em outras palavras, ele fazia o que tinha que ser feito para o cumprimento de sua missão e não agia conforme seus próprios interesses. Semelhantemente a um advogado que, com procuração, não faz o que ele quer, mas exercita todos os atos em nome de quem o constituiu, com responsabilidade e agindo com vigor em tudo para que fielmente possa cumprir o seu mandato.

Assim, Yeshua veio para cumprir esse mandato, como Mashiach, como ungido (procurador com todo o poder nos céus e na terra), com autoridade, porém sem sair das "quatro linhas" que é a Torá (forma, ritual e intensão exata de cumprimento).

Contudo, ao declarar seu propósito foi muito claro e que não depende de outra interpretação senão a literal: Mt 15:24 “Eu não fui enviado, senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”.

Desta forma, como se pode conciliar as perspectivas de que Yeshua veio para salvar seu povo (dando a entender Judá e Efraim [todo o povo da promessa]) com a exclusividade das tribos do norte?

Pela forma simbólica ou alegórica, pode-se analisar ovelhas perdidas remete a ideia unidade de uma espécie, todo povo de Hashem é considerado ovelha cujo pastor é D'us. Assim, o objeto da ação é recuperar, resgatar exige uma ação que envolve atos de resgate e quem irá praticar este ato, o resgatador, para localizar e trazer as ovelhas perdidas para junto. E uma vez reunidas as ovelhas em uma só mão, a do Pastor, não haverá distinção entre as resgatadas e as remanescentes.

Outra afirmação que complementa o papel de resgatador com poderes específicos que, em suas ações, deverá demonstrar fidelidade à Torá (lei material e processual) para redatar todos os que são imagem e semelhança de Hashem, está nesta afirmação de Yeshua: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Como Verdade, se refere à fidelidade à Torá, ensinando e transmitindo a verdade divina sem distorções, com a intensidade e intenção de coração.

Como caminho, demonstra a prática da Torá (vereda antiga) com total pureza de intenção e prática, sem qualquer impureza ritual. Ele serve como modelo de vida para seus seguidores.

Como vida, ele revela ser o Ungido que trará salvação ao mundo com o olam haba, vida eterna aos que o aceitam, tanto da casa de Israel (ovelhas perdidas, foco principal de sua missão) quanto a todos que reconhecem sua mensagem. O "olam haba" (mundo vindouro) representa a vida eterna em comunhão com Deus.

Ao entendermos as ações de Yeshua como cumprimento da vontade de D'us, não se nega sua iniciativa e autoridade. Ele se coloca como servo obediente, realizando a missão que lhe foi dada de resgate das 10 tribos e depois vir para completar a missão de Mashiach,  como Rei e Kohen!

 YESHUA refletia a Torá em todas as suas ações, reações e ensinamentos, demonstrando que a Torá estava em sua vida a ponto de ele ser a Torá viva.

Ele ensinava sobre o Reino de Deus, porque ele era o Mashiach (rei e kohen prometido) que se vê em suas mensagem.

A interpretação simbólica de Yeshua como verdade, caminho e vida nos permite compreender a sua missão como um todo.

A título de conclusão, a missão de Yeshua é de fazer a todos e a cada um, RENUNCIAR A SUA FÉ que seja estranha ao propósito de Yeshua, ou em qualquer plano, interpretação redentora que não seja a das Ovelhas Perdidas da casa de Israel, como porta para o resgate (salvação). Porque Yeshua, o Messias prometido, veio com um propósito específico: resgatar as ovelhas perdidas da casa de Israel, as dez tribos do norte que se desviaram da Torá e se perderam em idolatria e apostasia. 

Mas e as pessoas de outros povos, aqueles com os quais Deus não fez aliança ou promessa específica (além dá, de não destruí-los com novo dilúvio)?

Portanto é claro que só o povo judeu é que são chamados circuncisos na carne e coração, povo de exclusivamente propriedade de D'us, detentores das alianças, promessa, tendo esperança em D'us, contudo, pelo termo aditivo que Hashem decretou pelo profeta Isaías 56: Aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o shabatot, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte." 

Assim, estes não-judeus estão amparados pela Palavra de D'us, desde que confessarem com os seus lábios que Yeshua é o Ungido que D'us mandou para resgatar as ovelhas perdidas, entrando no pacto da Torá, como estrangeiro, nos méritos de Yeshua. Pois só há uma ponte entre D'us e os povos, o homem Yeshua, pastor e resgatador.

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