Pessach e a multiplicidade de Tabernáculos
O Pessach revela projeto de um Mishkan (Tabernáculo) por casa e o papel dos primogênitos como Kohanim!!
A história do Pessach, como conjunto de fatos que guiado, coordenado e realizado por D'us, conciderando, ainda, dos seus elementos ritualísticos e simbólicos, transcende a mera comemoração da libertação do Egito.
Essa maravilhosa história revela, evidencia o proposito que Hashem tinha, a saber, seu projeto inicial.
Até antes do bezerro de ouro, era que cada casa judia seria um Mishkan (Tabernáculo), um local de santidade e aproximação com D'us, cada primogênito, um kohen. Essa perspectiva se conecta à tradição dos primogênitos como Kohanim (sacerdotes), responsáveis por mediar a relação entre o povo e Hashem.
Aqui iremos refletir com base no Talmud e Torá sobre essa perspectiva: Cada casa, um Mishkan (templo) cada primogênito, um kohen, e, cada família uma agência de aproximação e de teshuvá para todos os povos.
Quem disse que Hashem tinha esse projeto?
A discussão talmúdica sobre Pesach (Pessach) e a libertação do Egito é ampla e profunda, abordando várias dimensões da festividade e dos eventos que a originaram.
No contexto de Pessach, a redenção do Egito, uma ideia central é que a libertação disica e influencias espirituais do Egito e ao mesmo tempo, foi o nascimento da nação judaica (data de seu nascimento) como o povo exclusivo a uma missão espiritual. Isso é evidenciado durante a leitura da Hagadá de Pessach, e de todos os passos simbólicos das 4 taças, pães ázimos, ervas amargas, etc. Que se ingere e do osso e da quinta taça de vinho, que não se usam (tem um mundo maravilhoso de discussões da Mishná e Gemará relacionadas a estes eventos).
Voltando à questão: quem disse que era o plano de Hashem? Em relação ao serviço religioso antes do incidente do bezerro de ouro, a ideia que é discutida no Talmud faz referência a ideia dos primogênitos como sacerdotes, antes do incidente do bezerro de ouro. Nela, traz a ideia de que cada casa deveria atuar como um pequeno Mishkan (Zevachim 115b).
Essa concepção talmúdica tem por base a Torá (Shemot/Êxodo 24:5) em que se faz menção de jovens de Israel oferecendo korbanot shelamim (שלמים de paz) a D'us, isto antes do incidente do bezerro de ouro, sugerindo que antes deste evento, não havia uma tribo ou família sacerdotal designada oficialmente, e que os primogênitos desempenhavam o papel de sacerdotes (kohanim).
A discussão talmúdica em Zevachim explora essa ideia, onde o Talmud relata (tradução Google):
“E eles abateram um holocausto e sacrificaram sacrifícios - Ima Shema Mina, no primogênito de Abadin, o pecado de um bezerro foi cometido pela primeira vez, e Ima no topo do altar de Abadan."
Esta citação analisa a possibilidade de que, antes do pecado do bezerro de ouro, os primogênitos realizavam de fato o serviço no altar.
Contudo, como consequência do pecado do bezerro de ouro, o privilégio e a responsabilidade associados ao serviços a Hashem foram transferidos dos primogênitos para a tribo de Levi Shemot 32:26-29 e Bamidbar/Nu 3:12-13, em que D'us consagra os levitas para o serviço no lugar dos primogênitos. As razões pelas quais Hashem escolhe os filhos de Levi, não vamos abordar para não alongar o texto, adianto que está em relação ao comportamento deles no bezerro de ouro (Shemot 32:26-29).
Essa transferência de responsabilidade também envolveu o ritual de Pidyon HaBen (o resgate do primogênito Bamidbar/Nu18:15-16). Este resgate simbolizava que, embora os primogênitos inicialmente teriam sido consagrados para o serviço divino, agora eles deveriam ser "resgatados" ou redimidos dessa obrigação por meio de um pagamento aos kohanim (descendentes de Aharon).
Em resumo, o propósito inicial era para ser kohen o primogênito cada família! Em Êxodo 19:6, Hashem diz: "E vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa". Isso sugere a ideia de que todos os israelitas deveriam ser sacerdotes no sentido de ensinar e liderar vidas de santidade. Esse papel foi mais tarde centralizado nos Levitas e na família de Aharon (Arão) após o pecado do bezerro de ouro, conforme descrito em Êxodo 32.
Desse ideal, gerou a tradição de que cada lar judaico deve ser um lugar de estudo da Torá, de prática de mitzvot, de exercício de tzedaká (atis de bimdade, ahuda), um miskan para prática da vida segundo a Torá. E esta concepção permanece como parte fundamental da tradição judaica.
Mas onde se pode equiparar o Pessach com a santidade da casa judaica?
Mesmo sem um Mishkan físico ou um Kohen oficial, cada casa judia, especialmente, pode se tornar um espaço sagrado através da obediência aos mandamentos (que nao sao pesados), das festas, shabatot (sábados) e da prática das tradições judaicas. Assim, o chefe da família aixiliado pelo primogênito, embora não exerça funções sacerdotais oficiais, pode assumir um papel de liderança espiritual na família, incentivando a santidade e a conexão com D'us.
Agindo desta forma, a casa judia se torna um microcosmo do Mishkan, um local onde a presença de Hashem se manifesta através da experiênciacom ele (emuná/fé), da santidade (que só se consegue guardando os mitzvot/mandamentos) e da obediência à ética da Torá.
Por fim, quando o povo de D'us compreende Pessach, o erro do bezerro de ouro e o processo de redenção do Mashiach, cada homem assume o papel de primogênito, como Kohen. se conectando à missão universal de ser "para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa." Bamidbar/Ex 19:6). Isto acontece através de uma vida vivida segundo a ética da Torá e de exemplar procedimento de cada família judia, inspirando outras famílias da terra a se aproximarem da fé e da prática judaica.
Estas casas (Mishkanim portáteis), espalham a mensagem da prática da Torá, santidade e da aproximação com D'us por todo o mundo, atraindo outros povos à fé e à busca por uma vida mais elevada.
BH
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