Páscoa: significativo e significado
Yeshua não é o "cordeiro Pascal", não morreu em razão da festa de pessach mas, à sua véspera.
Inicialmente cabe esclarecer que a morte de Yeshua foi para cumprir as profecias relacionadas com a prometida vinda do Mashiach, em especial, Salmos 22:1-31 que fala sobre o sofrimento do Messias; Isaías 53:3-12, que aborda sobre o servo sofredor; e Daniel 7:13-14 que diz sobre o filho do Homem.
Para essa vinda, ele deveria vir para fazer a reconexão das ovelhas perdidas da casa de Israel (dispersas pelas nações em 722 a.c) e que ao tempo de Yeshua, tinham ciência de sua ascendência e identidade israelita, contudo sabiam que o profeta Jeremias havia dito que D'us divorciou-se deles. Com este divórcio, pela Torá, para que uma das partes dos divorciada pudesse casar novamente, seria necessário que um dos divorciados morresse, para que o outro estivesse livre para a nova núpcias. Assim. o Mashiach deveria vir duas vezes, uma pretipificando o Mashiach ben Yosssef para morrer e por seu ato, habilitar aos israelitas assimilados para eles fazerem a teshuvá, em igualdade de condições com a tribos de Benjamim e Judá.
O Mashiach veio com o mandato e representação do Hashem.
A ideia do cristianismo em misturar a natureza e fundamentos da Páscoa com a de Yom Kipur, criou uma nova festa extra bíblica, pois pessach não tem ligação com perdão de pecado ou morte substituta, e principalmente, não tem vinho no Seder instituído na Torá, mas
Naquela noite comerão a carne assada no fogo, e pães asmos; com ervas amargas o comerão. Êxodo 12:8,9
A páscoa cristã criou uma nova festa para si que não tem amparo na Torá. Veja se existe alguma conexão entre a Páscoa biblica com a cristã:
A páscoa biblica comemora-se seguindo um rito (sêder), como diz em Nu. 9.3
No dia catorze deste mês, à tardinha, a seu tempo determinado, a celebrareis; segundo todos os seus estatutos, e segundo seu rito a celebrareis. (ARA)
Nessa refeição ritual com simbolismos tem:
Matzá: Pão ázimo, símbolo da pressa da fuga e da ausência de fermento da escravidão.
Maror: Ervas amargas, simbolizando a amargura da escravidão.
Charoset: Mistura de frutas e nozes, representando os tijolos da escravidão.
Karpas: Vegetal verde, símbolo da primavera e da esperança.
E, por criação rabinica, as quatro taças de vinho: Cada uma representando uma etapa da redenção.
Para evidenciar, veja a diferenças fundamentais entre a Páscoa biblica (Pessach) e Yom Kipur:
Pessach: comemora um evento histórico específico, a libertação do Egito por Hashem.
Yom Kipur: é dia de introspecção, jejum e arrependimento individual.
Enquanto o foco de Pessach está na redenção e consequente liberdade para servir a Hashem, em Yom Kipur o foco esta no perdão purificação e elevação espiritual.
A mecânica das duas festas são completamente diferentes.
Em Pessach a celebração é com a família e amigos, e em Yom Kipur, e comunitário, na sinagoga. É dia de jejum, tefilá e reflexão individual.
Quanta a data pessach celebra-se no primeiro mês e Yom Kipur, no setimo.
Compreendendo a metafora CORDEIRO PASCAL que tira o pecado do mundo
A afirmação "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" é mais do que uma simples metáfora. Ela encapsula a missão messiânica de Yeshua e aponta para a redenção final da humanidade. Através da fé, da confiança em D'us e na internalização definitiva da Torá, senão vejamos:
"Eis o Cordeiro de D'us", simboliza que Yeshua morreu semelhante ao cordeiro da saída do Egito, na véspera. No Egito, era para fazer o resgate de todo o povo de Israel e também dos estrangeiros escravos que resolvessem abraçar ao pacto. Já a morte de Yeshua na véspera da comemoração da pessach, simbolizava o projeto de D'us para a vinda do Mashiach, que com a sua vinda, traria um mundo de paz, prosperidade, retorno das tribos perdidas e submissão de todo povo de Israel à D'us e dos estrangeirosque decidiremse submeter a D'us, mediante a obediência de sua Palavra (Torá). Período em qu(Torá). Período em que "Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem dirá ao seu irmão: 'Conheça o Senhor', porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior".
Que a morte não era para tirar o pecado do mundo no momento da morte do Messias, até porque, o pecado continuou a existir. O que esse texto se refere é à missao do Mashiach, que é trazer a Torá e escrevê-la no coração, pois todo juelho se dobrará e toda língua confessará que Yeahua é Adon (Senhor); e que como todos estarão com a Torá, no coração e na boca, como diz o profeta que ninguem precisará ensinar a Torá, porque todos a saberão, não haverá mais pecado, porque "todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei. 1 Jo 3.5
Assim, com a vinda do Messias, o projeto de D'us se perfectibiliza, tirando o pecado do mundo, evidenciando que não foi com a sua morte que tirou o pecado, mas que ela selou o projeto de D'us de sua vinda, como Messias, e por consequência tirará o pecado (transgressão à Torá) do mundo.
Na teologia cristã, com a morte de Jesus como cordeiro pascal tirou-de o pecado do mundo, livrou as pessoas da lei e dos mandamentos, que são um peso e que vivem na dispensacda graca. Nada mais falso e contra a Torá (Instrução de D'us).
Yeshua e sua Missão para Israel:
Diversos versículos do 'Novo Testamento' indicam que o foco da missão de Yeshua era o povo judeu, e não o mundo:
Mateus 15:24: "Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel."
Mateus 10:5-6: "Estes doze Jesus enviou, e ordenou-lhes, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel."
Essa ênfase demonstra a fidelidade de Yeahua às escrituras judaicas (Torá ou Sagradas Escrituras) e sua obediência de morte à missão específica que Hashem lhe outorgou.
Como na saida do Egito, oportunidade para os gentios que abraçarem ao pacto.
No 'Novo Testamento' apresenta exemplos de gentios que se converteram ao judaísmo e entraram.no pacto nos méritos de Yeshua, como em Atos 10, Cornelius, um centurião romano, converte-se ao judaísmo; neste mesmo episódio, Pedro descobre que o Messias não era apenas para as ovelhas perdidas mas também aos estrangeiros que aderirem, de coração e alma ao pacto e passarem a ser povo de D'us.
Em Atos 15, no 'Concílio de Jerusalém', em decisão unânime, os Emissários de Yeshua decidem que gentios convertidos devem seguir todas as leis judaicas, começando pela abstenção de práticas idolátricas, relaçõessexuais ilícitas, assassinato e comer comeda casher (carne sufocada), e que devem ir para sinagoga todo shabat para aprender a Lei de Moshé e os profetas.
Para anunciar a boa noticia de salvação para os estrangeiros estava escalado o mais erudito dos Emissários: o Rabino e fariseu Dhaul de Tarso (Paulo). Ele ensinava a todos a guardar a lei de Moshé, porque diz que a lei é boa e santa, e que "milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei", dizi ele com alegria! E para os efesios ele assegurou: antes vocês estávam naquele tempo sem o Messias, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de D'us. Efésios 2:19
Essa abertura demonstra a inclusão de gentios que abraçaram a fé judaica e os ensinamentos pela orientação e mérito de Yeshua.
Reconciliação das Dez Tribos Perdidas
Diz em Jeremias 3:8: "E, porque a aleivosa Israel cometeu adultério, eu a despedi e lhe dei carta de repúdio; mas a sua pérfida irmã Judá não temeu, e também se prostituiu".
Essas profecias indicam que o Messias reconciliaria as dez tribos perdidas com D'us eboa fariam retornar à Israel nos últimos dias.
Yeshua, como cordeiro pascal, pode ser interpretado como aquele que pagou o preço para essa reconciliação.
A vinda do Messias Ben Yossef
Messias ben Yosef é um personagem que nao tem unanimidade na literatura rabinica. Elabfoi construída a partir do ano 900 D.C. Contudo, utilizando seu comceito é uma figura que precede o Messias ben David e desempenha um papel fundamental na preparação para a vinda do Messias bem David, na redenção final.
As profecias também preveem que o Messias traria paz, prosperidade e justiça para todo o mundo E que todos conhecerão a D'us e aprenderão a Torá:
Isaías 2:2-4: "E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. E muitos povos irão, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do D'us de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor."
Isaías 66:23: "E será que de mês em mês, e de sábado em sábado, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor."
Miquéias 4:1-5: "E acontecerá nos últimos dias que o monte da casa do Senhor será previsto no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e afluirão a ele muitos povos. E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor Senhor, à casa do D'us de Jacó, para que nos ensinemos os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor. E ele julgará entre muitas nações, e repreenderá povos poderosos até ao longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em podadeiras; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra."
A título de conclusão do objetivo, o povo judeu
Como contribuição para reflexão sobre a realidade dos fatos que ocorreram na pessach, por ocasião da vinda do Mashiach ben Yossef, separando a fantasia do real, pode-se concluir que:
A festa cristã é uma invenção cristã que nada tem a ver com a pessach judaica;
Que nessa páscoa cristã, Jesus foi colocado como o cordeiro pascal dentro da festa judaica de Pessach, ressignificando esta festa, alterando do seu caráter inicial;
Que a Páscoa cristã é uma nova festa criada, mesclando conceitos de pessach e de Yom Kipur;
Que, assim como Jesus é um personagem completamente diferente de Yeshua, que combatia os farizeus; criou uma nova religião; negava a lei de Moisés; que ensinava que a Lei é um peso e maldição; que veio para salvação do mundo; que criou o Israel espiritual, constituindo um novo povo, a Igreja; que esta, substituiu a Israel; e que quando Jesus voltar, ele irá resgatar a sua igreja, os judeus vão ficar na grande tribulação, e a igreja estará com Jesus, Deus e o Espírito Santo, nas mansões celestiais.
Nada mais distante da verdade!!
Yeshua, como o messias sofredor que haveria de vir, veio no tempo certo assinalado no livro de Daniel, apenas para as Ovelhas Perdidas da casa de Israel, como ele mesmo disse. Veio para Israel, porque Hashem tem um pacto eterno e propósito com eles. No que pese ele ter vindo só para as 10 tribos perdidas, é certo que todo aquele que receber o Mashiach, convertendo-se ao judaísmo, como diz no 'Novo Testamento', ou como diz Isaías: "aos estrangeiros que abraçarem o pacto", convertendo-se ao judaísmo e "guardando os shabatot, não o violando", suas orações e imolação serão aceitas.
Que, em João, quando diz "cordeiro de D'us que tira o pecado do mundo", estava usando de metáfora para dizer que ele era o messias prometido, cujo papel era de fazer a redenção final para o povo de Israel e para toda a humanidade que se submeter a Palavra de D'us (Torá, Lei de Moshé).
Que, quando o identifica o cordeiro pascal, estava a simbolizar que ele, como foi na véspera de pessach, seria morto para ser o meio de resgate para as 10 tribos perdidas, os que estavam escravizadas pelo pecado (transgressão à Torá) afastados de Hashem, por decreto de divórcio. E, aos estrangeiros (individuos das nações) que se converterem, também haveria perdão das transgressões e suas imolações e orações seriam aceitas, como diz Jeremias sobre a segunda vinda de Yeshua, que ele, o messias trará paz,e será um tempo de restauração para todo o mundo e que como diz em Isaías 66, as nações subirão para aprender a Torá (lei de Moshé) em Jerusalém, e todo shabat e nas festas de lua nova, todos poderão participar.
Portanto, a simbologia de pessach foi utilizada para evidenciar o propósito da primeira vinda do Messias que tinha sua missão direcionada exclusivamente ao povo de Israel, mas com abertura para os gentios que se converteram ao judaísmo. Ele não morreu na festa de pessach, mas em sua véspera, a semelhança do cordeiro, na saída da escravidão do Egito. Agora, era para a redenção do povo judeu e das dez tribos perdidas, conforme profetizado nas escrituras.
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