Os 10 Mandamentos e a ética progressista
Nesta semana em todo o mundo as comunidades judaicas estudaram a porção Yitró, que trás os 10 pronunciamentos, conhecidos como “Dez Mandamentos”.
A questão que se coloca com urgência é compreender a atual loucura de desvalor dos fundamentos morais da sociedade, que está gerando pessoas insensíveis, descompromissadas, e cada vez mais desajustadas, egoístas, dependentes de antidepressivos e drogas.
Para não ser pedante nem acadêmico, vamos trazer dois conceitos que muita gente confunde: moral e ética. Em escassas palavras, moral vem do latim moralis que é maneira de agir, comportamento que uma sociedade distingue entre certo e errado, positivo ou negativo. Ex.:Tem uma tribo africana que é costume aceito, atribuir honra, o anfitrião que recebe uma visita, oferecer a sua esposa ao visitante para dormirem juntos. Para eles é moral, para nós, não. A ética é o valor que se atribui a um costume (regra moralmente aceita). Matar é um crime, mas se for em legitima defesa, não é homicídio. A moral é não matar e a ética é o valor, a reflexão que se faz sobre a moral de matar alguém, no caso, se justo ou injusto, ager em legítima defesa.
A ÉTICA JUDAICA
A ética judaica, derivada da Torá (que foi revelada ao povo de Israel na saída do Egito. Vale ressaltar que aproximadamente três milhões de pessoas ouviram diretamente da boca de D’us estes pronunciamentos, que devem ser aplicados para toda humanidade.
Esta Torá é de extrema importância para a humanidade, e é a base da fé judaica, pois contém princípios e valores morais que devemos seguir.
Nela tem regras sociais, de isolamento social em caso de contaminação, regras comerciais, enfim, regas para todas as áreas da vida pessoal, em sociedade, para a nação e regras de direito internacional.
A ética judaica envolve, por exemplo:
Descanso semanal remunerado, para os trabalhadores e descanso para os animais;
Proteção para os animais, desde a proibição de comer os ovos quando o pássaro que choca estiver por perto, não submeter o animal a maus-tratos, não caçar; abater o animal de forma que ele não sinta dor, milhares de muitas outras situações;
Na área das relações sociais, se uma pessoa causa prejuízo, não só deve indenizar como tambem reconciliar. Enfim são milhares de comportamentos éticos.
Por que D’us entregou esses 10 pronunciamentos a Israel?
Porque Ele, quis criar um povo Seu, para instruí-lo, conforme as Sua ética através de instruções (Torá), para ser um reino exemplo para as demais nações da terra. Um reino de sacerdotes, pois o principal não é simplesmente cumprir as leis, mas ter o próximo como maior e mais importante que você.
A Torá trata todos os seres humanos como criados à imagem de D'us, independentemente de sua religião ou origem étnica. Isso leva a busca da justiça plena para todas as áreas da vida, combatendo a discriminação e promovendo a igualdade de direitos para todos.
A ética judaica baseada na Torá e do Talmud é o parâmetro moral único para a humanidade, é um guia a agir com humildade, justiça e responsabilidade em todas as áreas da vida, cujo fruto, promove a harmonia entre as pessoas, a justiça para todas as áreas, contribuindo para um mundo melhor e mais justo para todos. A missão do povo de Israel, dada por D’us é promover o ticum, reparação, restauração de todas as coisas para um mundo melhor.
Em resumo, a ética judaica, é um sistema complexo e multifacetado, com raízes profundas na tradição bíblica e talmúdica, divididos em três pilares principais:
Em razão da consciência desses pilares, todo judeu tem como prática de vida, ‘no automático’ a tzedakah (caridade), ou seja, a obrigação de ajudar os necessitados, tanto materialmente quanto espiritualmente.1. A Torá que é a fonte da moralidade dada por D’us
2. O pacto que temos com D’us (Brit), é uma aliança com responsabilidades éticas por parte do povo judeu, incluindo obrigações para com Deus, com o próximo e com o mundo.
3. O princípio de Tikkun Olam (reparar o mundo), contribuir para a construção de um mundo melhor promovendo a ‘justiça social’, a empatia, a paz e a sustentabilidade.
Ética progressista que está a conduzir o mundo ao caosA Gemilut Chassadim (atos de bondade) que são praticados com gentileza e compaixão para com o próximo.
O Tikkun Olam (reparar o mundo) o senso de se envolver em atividades que promovam a justiça social, a paz e a sustentabilidade.
O fundamento filosófico da ética progressista atual é uma complexa teia de ideias e correntes de pensamento, que mesclam valores positivos com perversão intrínseca (elementos que quebram o valor positivo que eles mesmos propõem).
A Ética progressista não tem uma regra certa ou sistema fechado, mas é de um conjunto de princípios e valores que se entrelaçam e se complementam.
Os principais fundos filosóficos da ética progressista contemporânea incluem:
O utilitarismo que valoriza uma finalidade prática questionável para um comportamento moral, por exemplo: É proibido usar de mentiras em um processo eleitoral. É positivo, mas se for para derrubar um candidato que os progressistas entendem ser contrário aos seus interesses, é válido. Essa ideia com Kant, não seria válida, porque para este, a ética é a mesma para todos os fatos, não posso escolher uma finalidade para validar uma interpretação. Sou ético porque devo ser, independente da situação me ser mais ou menos útil para mim.
O Socialismo, como sistema econômico, é base do pensamento progressista. A ética progressista relativiza os valores com o que não é valor. Roubo é negativo, seja de uma criança, com um doce, quanto de um presidente de um país, com um doce ou milhões de dólares. Estimulam anti-valor na sociedade com a bandeira de defender políticas para redistribuir a riqueza, promover a justiça social e combater a pobreza e a exploração.
O feminismo é outra bandeira que o resultado útil de sua ideologia é gerar desigualdade de direitos entre homens e mulheres, relativizar a sexualidade, inventar diversidades sexuais e controlar as crianças por meio de ‘proteção à sua dignidade’, reduzindo autoridade dos pais sobre elas.
O braço religioso, é a Teologia da Libertação, que é a ala ideológica de esquerda da igreja católica.
A guisa de conclusão
Essa agenda progressista não nos surpreende porque disse o Rav. Shaul que "nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de D'us, tendo aparência de respeito, mas negando a sua eficácia".
O que impressiona mesmo, são os que afirmam que a Torá foi abolida. Estes colaboram com os progressistas gerando relativismo aos valores bíblicos, permitindo que cada um comece a sua própria corporação religiosa, falando o que o seu público quer ouvir, sem compromisso com a Torá.
O Objetivo da Torá é ser o guia de prática para a pessoa, sociedade e nações, que D'us deu ao mundo com objetivo de valorização e o respeito do seu próximo, e a obrigação de cada um, perante Ele, de trazermos o Reino de Hashem à terra, convertendo armas em arado, esforços físicos em vida, para tazer alegria, paz, saúde e plenitude.
BH
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