Ontem era pastor e hoje Rabino
Em Shemot (Êxodo), Moshé sai com 3 milhoes de pessoas. Cada
um entre israelitas e povos que saíram juntos, tem sua forma de interpretação,
caráter, postura e personalidade. Como liderar esse grupo se Moshé não foi
eleito? Ele surge como salvador e com trabalho eficaz, que dispensa outra
legitimidade.
Entretanto, entanto está tudo favorável para esse povo, Moshé
é o melhor líder do mundo, mas mesmo assim, sujeito à crítica (na perspectiva
individual), pois cada pessoa é movida por valores próprios, como se diz: cada
um tem umbigo e também opinião.
Na Torá diz que após a travessia do mar vermelho, eles cantaram
todos uma mesma canção. Mas como, se Moshé estava compondo enquanto todos
cantavam?
Foi um fato sobrenatural, como o que ocorreu no monte Sinai
em que cada um segundo seu idioma, ouviu a voz de Hashem!
Porém o tema para os dias de hoje é: Quem é o líder que possa
conduzir esses milhões de pessoas que a cada dia aparecem dizendo que querem
entrar no judaísmo porque:
Gosta do povo e história judaica;
Que acha que tem ancestral judeu;
Se interessa pela cultura judaica,
Que quer fazer genealogia de sua família,
e procura na sinagoga informações;
Que se viu enganado em outras religiões
e lendo a bíblia acha que o judaísmo é o caminho certo.
São muitas formas de expressão que essas pessoas que nos
procuram usam para expressar um só sentimento: A alma dessas pessoas quer
Hashem!
O fato mais claro é que a semente de Avraham (alma judaica)
que está nessa pessoa grita por Hashem, e como ela não consegue entender essa
energia, pensa que gosta da cultura, da história, de “Jesus” porque ele era
judeu e por isso se envolveu com o cristianismo, enfim não consegue identificar
que é o próprio D’us que está chamando e conduzindo para o judaísmo.
Qual o problema na cultura ocidental cristã, para esse fato?
É que os que são cristãos e descobrem que a bíblia que eles
têm, mesmo tendo os textos no original, são traduzidos de forma contraditória com
as sagradas escrituras, alterando os pontos essenciais, fundamentais para encaixar
a teologia formulada pelos pais da igreja, esses que descobrem isto, rompem com
o cristianismo, caindo o véu de seus olhos e quanto mais estuda as sagradas
escrituras mais se convencem que estavam em um sistema ideológico de engano.
Quando é uma pessoa normal que passa por isso, ele vai buscar
uma sinagoga, uma comunidade judaica para se integrar e se não encontra, segue
lendo sites judaicos e acompanhando todo tipo de palestras no youtube, até
encontrar uma casa judaica onde poderá aprender a Torá, pelo povo que D’us
constituiu como reino de sacerdotes.
O grande problema são os profissionais cristãos, aqueles que
eram pastores, líderes, bispos, apóstolos e outros mais graduados que possa existir. Porque
como vivem economicamente dos dízimos, ofertas, etc., não têm a humildade de
primeiro aprender, estudar, passar pelo processo de conversão de pelo menos
dois anos, para se entender a responsabilidade que é ser um rosh, hazan ou
rabino, para, então, passar a atuar. Este é o grande problema atual. Muitos não
só não tem a honestidade intelectual de primeiramente estudar e com profunda
responsabilidade buscar em D’us a certeza se deve assumir liderança espiritual,
com os requisitos que ela pressupõe. Para ser pastor, basta intitular-se pastor
e de peito aberto, alugar um prédio, comprar cadeiras de plástico e pronto, mesmo
sendo semianalfabeto, será reconhecido como pastor (eu conheço).
Qual o prejuízo?
Judaísmo não tem absolutamente NADA a ver com cristianismo. São dois sistemas completamente
antagônicos em que o cristianismo, que surgiu quase dois mil anos depois do judaísmo,
para existir, exige a anulação de Israel. Por isso tem a teologia da
substituição, na qual a igreja é o “novo Israel de Deus” e Jesus, cravou no
madeiro a Torá, só restando a graça.
Esses líderes cristãos, quando descobrem a verdade do judaísmo,
acabam caminhando por dois sendeiros: quando a igreja pertence à sua
organização eclesiástica, já sai dela e aluga um local e passa no próximo final
de semana a imitar o judaísmo, porém com a estrutura teológica cristã em sua
cabeça, fazendo um mix entre arquétipo judaico e prática cristã, e assim, vai
criando uma coisa, que ele chama de judaísmo messiânico, igreja judaica ou qualquer coisa judaica. Afinal ele só sabe
ganhar dinheiro dessa forma, com dízimos e ofertas, e para isso emprega as
mesmas técnicas que utilizava na sua igreja.
No judaísmo as coisas são diferentes, existem requisitos para
uma conversão, que passa por:
Estudo: O candidato à conversão é
geralmente instado a estudar os princípios básicos do judaísmo, incluindo a
Torá, as leis judaicas (Halachá), a história e a tradição judaica.
Circuncisão (Brit Milá): Para os
homens não circuncidados, pois a circuncisão é um requisito essencial para a
conversão. No entanto, em alguns casos, uma cerimônia de hatafat dam brit
(extração de uma gota de sangue) pode ser realizada quando já circunciso por um
leigo.
Imersão ritual (Tvilá): O candidato é
imerso em uma mikvá (piscina ritual) como um símbolo de purificação e
renascimento espiritual.
Aceitação dos mandamentos: O
candidato deve expressar sua vontade de aceitar e viver de acordo com os
mandamentos e práticas do judaísmo.
Supervisão rabínica: O processo de
conversão é geralmente supervisionado por um rabino ou um tribunal rabínico
(Beit Din) que avalia o compromisso e a sinceridade do candidato.
E após a conversão se quiser seguir para o rabinato, deve:
Estudar: Um rabino deve ter um
extenso conhecimento da Torá, do Talmud, das leis judaicas e da tradição
judaica. Isso geralmente envolve anos de estudo em uma yeshivá (escola
rabínica) ou instituição de ensino judaica reconhecida.
Semicha: A imposição de mãos rabínica
é concedida por um tribunal rabínico (Beit Din) após a conclusão bem-sucedida
de um programa de estudos rabínicos. A ordenação pode variar de acordo com as
diferentes correntes judaicas.
Observância religiosa: Um rabino é
esperado para ser um exemplo de observância religiosa e viver de acordo com as
leis e práticas do judaísmo.
Liderança comunitária: Um rabino deve
ter habilidades de liderança e ser capaz de orientar e aconselhar membros da
comunidade judaica em questões religiosas, éticas e morais, portanto Rabino não
é alguém que fala muito ou fala bem, mas que conduz todos e cada um conforme
sua necessidade.
Responsabilidade ética: Um rabino
deve aderir a altos padrões éticos e ser um modelo de integridade e conduta
moral.
Desta forma, é imprescindível que alguém que almeje o
rabinato possa percorrer essa trajetória de experiências e estudos tendo em vista que todo conhecimento teológico cristão para nada serve. Assim, ao término
desse tempo de estudo e convivência no judaísmo, com toda calma e prudência, avaliar se possui os requisitos para assumir
a responsabilidade de uma comunidade.
Obs. O presente texto não tem referência a nenhuma pessoa, comunidade
ou igreja em particular. Todo raciocínio é fruto da minha visão e experiência com as pessoas que nos procuram, nessa realidade, judaísmo, que
é relativamente recente.
Para ser exemplo um rabino deve ter o amor de h'shem a piedade e paciência dele e também a sua humildade
ResponderExcluirאני מבין בדיוק ככככ
ResponderExcluirברוך השם
ResponderExcluir👏🏻👏🏻👏🏻 eu vim parar no judaísmo porque a minha alma anseiava pela Emet, e na minha busca incessante eu encontrei, guiado pelo Ruach.
ResponderExcluirEm busca da verdade
ResponderExcluirEstou em busca da verdade e tudo chega ao Judaismo incrível! Gratidão e agradeço mais ainda a Hashem !
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