Hoje, quem é Amaleque para ser destruído ?
Três ordens D’us da ao povo de Israel referente aos amalequitas:
-Recordar o que fez Amaleque;
-Destruir a memória de Amaleque; e
-Não esquecer de Amaleque.
Em poucas palavras os amalequitas era o que tinha de mais baixo enquanto nível moral mínimo para uma sociedade, não daria para falar que eram uns animais, porque o animal não é racional, portanto, não é nem bom ou mal, é apenas um animal.
A pena que D’us estabelece para os amalequitas é de caret (eliminação) de debaixo do sol. Contudo, eles sobreviveram como aquele que, em Purim, tentou matar a todos os judeus e que acabou enforcado pelo próprio rei. E ainda, um que se converteu no século II, que era contemporâneo com Rav Akiva, que se tornou um dos grandes rabinos de sua época, Rav Meir. Com estas poucas palavras apenas quero destacar que D’us, condenou um povo, mas usa de bondade e justiça para com o que vaz teshuvá (retorno a Dus).
Mas hoje, o que representa Amaleque?
Assim diz a Torá: “Eu apagarei totalmente a memória de Amaleque debaixo dos céus...' Deus estará em guerra com Amaleque por todas as gerações. ” (Êxodo. 17.15,16)
A luta contra Amaleque é uma luta espiritual que representa a batalha contra o mal e a negação dos valores morais e éticos revelados por D’us para toda a humanidade na Torá.
Quando se diz ‘batalha contra o mal’ é para identificar todo esforço para vencer aquilo que sentimos na pele e identificamos como mal. Exemplo: viver em meio a um povo que é normal e natural pegar coisas dos outros e ficar com ela (furto). Então, você não pode deixar a bicicleta fora de casa, mas tem que guardar, colocar muro no imóvel, arame, cerca elétrica etc. Neste caso, existe um valor negativo nas pessoas (furto consentido) e um sistema convalidador, que mitiga esse desvalor dizendo: ‘é que o vizinho tinha duas bicicletas e o outro não tinha nenhuma'. Esta relativização de valores é a escola do mal.
Hoje Amaleque (o mal) se apresenta com um sistema garantidor da dúvida ou da relativização. Na verdade, as duas são faces da mesma moeda.
A dúvida quanto a um valor moral está em não conseguir distinguir se algo é moral ou imoral.
A relativização de um valor é trazer um valor moral e considerar que o valor que o nega, seja um valor a ser considerado, por outra ótica. Exemplo: ‘A sexualidade é uma construção social’. Até antes de 1980 (quando começa a ideologia de gênero) sexualidade referia-se ao gênero humano, ser masculino ou feminino. Contudo, principalmente depois de 1990, com a luta para garantir direitos ao então "LGB" (Lésbicas, Gays e Bissexuais), este seguimento foi ganhando mais e mais terreno, expandindo-se para garantir direitos a uma gama mais ampla de identidades e orientações, de forma mais inclusiva, sendo hoje "LGBTQ+". E com isto, o conceito 'sexualidade' foi e está em contínua atualização.
O que quero dizer com este tema da sexualidade?
É que a Torá, que é o padrão moral revelado por D’us para a humanidade diz: “... à imagem de Deus o criou; macho (זָכָ֥ר ) e fêmia (נְקֵבָ֖ה) os criou. (Gn 1.27) O texto não diz homem e mulher, mas macho e fêmia.
Sexualidade, hoje se refere aos sentimentos, comportamentos, identidade e orientação sexual de uma pessoa. Por isso se diz, hoje que ‘A sexualidade é uma construção social’.
Desta forma vemos que o conceito sexualidade foi alterado de macho e fêmia (conforme a Torá e a biologia que identifica o gênero humano) para sentimento (que é um sentir de âmbito pessoal de cada um dos 8 bilhões de pessoas no mundo).
Vamos ficar só com este tema da sexualidade, pois existem ainda outras pautas para o “progresso da sociedade” que incluem: igualdade de direito de gênero para todos os fins (educação sem preconceito; banheiro misto); direito do primeiro roubo ou furto sem penalidade; redução e controle populacional para melhor prestação de serviço pelo Estado; apropriação de bens (invasões) de minorias injustiçadas, entre outros, e principalmente controle sobre o sistema educacional, para moldar os valores e daí construir uma ‘nova sociedade’ baseada nestes ‘valores’.
O Amaleque atual não são as pautas acima ditas, mas o espírito que guia essas pautas.
O espírito é um, a saber: o de estabelecer a confusão de valores, induzindo a pessoa a agir pelo politicamente correto, ou em outras palavras, aceitar sem questionar. Ai está o conflito de valores morais e éticos deles com os de Hashem, descritos na Torá
Amaleque é considerado um inimigo de nossas almas, pois representa a negação da existência de D’us; a violação dos princípios e regras éticas dadas por D’us para guiar a prática de nossas vidas.
Quando se entra em conflito os valores morais e éticos da Torá com os da sociedade que vivemos, é importante lembrar que é nossa responsabilidade como judeus é seguir os ensinamentos da Torá e viver de acordo com os valores que ela nos transmite.
Combater Amaleque, nesse sentido, significa permanecer firme em nossos princípios e valores, mesmo quando confrontados com pressões externas para agir de forma contrária à nossa fé.
Esforçamo-nos por ser corajosos e não nos deixar levar pela amoralidade que muitas vezes permeia a sociedade. Aqui cabe relembrar os conceitos básicos que diferencia uma coisa de outra:
Moral é um conjunto de valores e princípios que orientam o comportamento humano, cujos valores geram reações orgânicas de alegria e tristeza, incentivo e rechaço. É aquilo que a mente distingue entre certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto. Por isso a Torá é a âncora eterna da moralidade, portanto “não tome a forma dos valores deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”.
Amoral é aquilo que não é moral ou imoral, ou seja, que não é regido por valores morais. O amoral é o indiferente ou neutro. Exemplo: “vejo com naturalidade uma mulher se sentir como um pássaro ou como um homem”. Cada um tem direito de ser, o que quer ser”. Outro: Os pais acharem natural que seu filho queira consultar uma ginecologista, para seu check up.
Imoral é aquilo que é contrário à moral, ou seja, que é considerado errado, mau, injusto, é um desvalor. O imoral é sempre reprovável, pois causa dano ou prejuízo a outros. Exemplo: Um tarado que violenta pessoas não ser apenado na justiça porque ele tem muito hormônio e um apetite sexual incontrolável. Proibir a pessoa de defender seu patrimônio, permitindo que o ladrão seja considerado um produto da sociedade injusta. Não ter filho, porque a vida está difícil. E se tiver filho, não poderei mas viajar ou ganhar mais dinheiro, que sem o filho, ganharia.
A Torá nos ensina a buscar a justiça, a segurança, a bondade/compaixão (hessed) e pela ação (consciente) de separarmos a nossa mente mediante a ética da Torá (santidade) em todas as nossas ações.
Devemos ser sal, exemplo de retidão moral e ética, mesmo que isso signifique ir contra a corrente do politicamente correto ou das normas do país. É importante lembrar que a verdadeira moralidade não é determinada por padrões sociais, mas sim pelos princípios eternos entregues por Hashem pela Torá.
Portanto, fortalecer Amaleque nos dias de hoje significa ser religioso e, ao mesmo tempo, obedecer às regras sociais do politicamente correto; não se posicionar contra os valores que são contrários à Torá; valorizar e curtir opiniões dos players, influencers que disseminam esses valores; e, entender que estamos vivendo hoje no período da graça e que a lei (Torá) foi revogada, pregada no madeiro.
Para combater Amaleque, tem que:
Amar a Hashem acima de todas as coisas;
Estudar a Torá para compreender e coloca-la em prática em todos os seus âmbitos (família, comunidade, trabalho/negócios, escola e como cidadão);
Salgar (influenciar, ter opinião) em todos os lugares que você conviver. Não basta ser sal tem que salgar. Não basta ter a bíblia na mente e agir contrário a ela. Pois, se o sal não cumprir a sua função, “para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado”.
Por em prática os mandamentos cumprindo as instruções de D'us.
Lembrem-se que estamos vivendo os últimos dias e foi dito que nesta época: " por se multiplicar a negação à Torá (animia), o amor se esfriará de quase todos. E mais tarde no julgamento de todos, aos que tiveram acesso à Torá e não a cumpriram por pensar que estavam na "graça" (conceito anti-Torá), será declarado na frente de todos que faziam milagres: "Então , lhes direi explicitamente: nunca vos conheci . Apartai-vos de mim, vocês que negaram a Torá (os que praticas a iniquidade (anomia) - negação da Lei (Torá).
E por que dirá isso?
Porque D'us é eterno, sua palavra é eterna e Verdade, "e nela não há sombra de variação", e foi dito "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a Lei (Torá), porque o pecado é a transgressão da lei."
Como vencer Amaleque?
Salgando, e não apenas sendo sal (que é a Torá).
BH
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