Judeus e Edomitas: Uma Aliança Inesperada

 

Uma profecia enigmática revela um futuro inesperado para os descendentes de Essav (Esaú). A Haftará de Vayislach, que narra a reconciliação de Yaacov e Essav, guarda um segredo sobre a conversão de Edom nos últimos dias. O profeta Obadiá, um descendente de Essav que se converteu ao judaísmo, profetiza a queda de Edom e, surpreendentemente, sua futura redenção. Será que os inimigos históricos de Israel se tornarão aliados? 

Uma discussão no Talmud nos leva a uma revelação ainda mais intrigante: o Messias só virá quando descendentes de Essav, estiverem prontos. Prepare-se para uma reviravolta na história e projeção cultural para o oriente médio.

Nesta porção Vayislach, narra a aflição de Yaacov, e logo depois a reconciliação com Essav.

Hashem resolve revelar a Obadiá uma profecia relacionada à conversão de Essav (Edom) nos últimos dias. 

Essa profecia é encontrada no livro de Obadiá, capítulo 1.18-21. Obadiá profetza sobre a destruição de Edom e, em seguida, fala sobre a redenção e a restauração de Israel. No versículo 21, ele declara:

"E os salvadores subirão ao monte Sião, para julgar o monte de Essav; e o reino será de Ha'Shem."

Segundo nossos sábios, a profecia sugere que no futuro, haverá uma transformação em Edom, e eles se submeterão ao domínio de D'us, que pode ser encontrada no tratado do Sinédrio 99a-b.

Nesse diálogo, relata a conversa entre Rabi Yehoshua ben Levi e o profeta Elias. Rabi Yehoshua ben Levi perguntou a Elias quando o Messias viria. Elias responde que ele virá "hoje". No entanto, quando o Messias não aparece, Rabi Yehoshua ben Levi fica confuso e pergunta a Elias sobre a contradição.

Elias explica que o Messias virá "hoje", mas somente se o povo de Israel estiver pronto para recebê-lo. Ele menciona que, no futuro, Deus converterá os descendentes de Essav (Edom) e eles se tornarão justos. Somente quando isso acontecer, o Messias virá.

Assim, essa discussão sugere que há uma possibilidade de conversão e redenção para os descendentes de Essav. 

Essa discussão do tratado do Sinédrio 99a-b, é interessantíssima, vale a pena lê-la.

Resistindo a ideia de não transcrever aqui esse diálogo do talmud, vamos ao que interessa.

A discussão é iniciada por um estudante que pergunta ao rabino Shimon bar Yochai: "Por que está escrito que 'o povo de Essav será salvo?'" (Isaías 14:3).

O rabino Shimon bar Yochai responde que a conversão de Essav será um sinal da chegada do Messias. Ele explica que Essav é um símbolo da maldade e da violência. Sua conversão, portanto, significará a vitória do bem sobre o mal.

O rabino Shimon bar Yochai baseia sua resposta em uma série de passagens bíblicas. Ele cita, por exemplo, o versículo que diz que "o Messias reunirá os dispersos de Israel e os exilados de Edom" (Isaías 11:11). Ele também cita o versículo que diz que "o Messias será uma luz para as nações" (Isaías 42:6).

Desglosando o diálogo, trata-se da conversão de Edom e traz dos seguintes elementos:

1- O diálogo é iniciado com uma pergunta sobre a salvação de Esaú, e o rabino Shimon bar Yochai responde que a salvação de Essav é um sinal da chegada do Messias.

2- O rabino fundamenta sua resposta em uma série de passagens que falam sobre a conversão de Edom.

O curioso desta situação toda é exatamente o tema conversão de Edom.

Para os convertidos ao judaísmo vindo do cristianismo, essa situação é quase hilária, pois os missionários cristãos (de Edom) querem converter ao cristianismo os judeus para a pretença vinda do messias deles, Jesus. E a discussão do rabino Shimon bar Yochai, traz a conversão de Edom ao Judaísmo.

Não é interessante?

Para alguns estudiosos essa profecia é literal, que se cumprirá nos últimos dias; para outros, ela é simbólica, que representa a vitória do bem sobre o mal.

De qualquer forma, cabe a informação de que de acordo com a tradição judaica, Edom é frequentemente associado a Roma e ao Império Romano. Essa associação é baseada em várias semelhanças históricas e simbólicas entre Edom e Roma.

E se que restou do império romano foi o sistema católico com o Papa, a frente dessa monarquia eletiva, fica o tema: os cristãos se converterão ao cristianismo?

Bem, fica nossa contribuição para a discussão.

A título de conclusão, Essav planeja matar Yaacov, que fica em exílio por 20 anos, e nos últimos dias desse exílio, mal entra na terra de Israel, encontra com Essav e se reconciliam e logo após sepultam seu pai, Isaac. 

Por outro lado, no início desta era, Edom (Roma) procura destruir Israel, e começa o grande exílio do nosso povo até 1948, quando a ONU decide assentar o povo de Israel na sua terra, 'coincidentemente', sob a vigência desta mesma porção, Vayislach.

Contudo, nesta porção ocorre o retorno de Yaacov para a terra de Israel e o verso seguinte a esta porção diz: "Habitou Yaacov na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã"

E com a decisão da ONU, semelhantemente, habitou os descendentes de Yaacov na terra das suas peregrinações, a terra de Israel.

BH