A Bíblia não diz que a graça é maior que a Torá


A palavra hessed, traduzida como graça, e esta conceituada como 'favor imerecido', porém esse conceito não é bíblico, nem consta no Dicionário Strong!

Mas por que certos grupos falam mais da graça que da Torá? 

Teria a graça prevalência ou maior importância que a Torá? 

Se não tem prevalência, por que fizeram crer que tinha?

Vamos ver o que a cultura judaica diz sobre isso, afinal, Deus deu ao povo judeu, com exclusividade, o entendimento das sagradas escrituras e o 'como' fazer tudo de forma agradável e aceitável aos seus olhos.

Como está escrito: em Deuteronômio 29.28: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre". Neste versículo, é afirmado que as coisas ocultas, ou seja, os segredos e a interpretação mais profunda da Torá, pertencem a Deus. No entanto, as coisas reveladas, ou seja, os ensinamentos e princípios claros da Torá, são destinados ao povo judeu para poderem cumprir e viver de acordo com ela, sendo luz para as nações.

O que importa é a verdade, e não viver um sistema de engano.

 No tratado de Sotah (Talmud), no capítulo 1, página 14a, discute-se a importância de hessed e como ele é uma característica fundamental de Hashem. O Talmud ensina que Hashem é a fonte de toda segurança e que Ele demonstra Sua segurança através de Suas ações e atributos. O tratado de Sotá explora diferentes aspectos de Hessed de Hashem e como podemos nos espelhar nessa segurança em nossas próprias vidas.

No tratado de Bava Metzia, no capítulo 2, página 32a, o Talmud discute a importância do hessed em relação à pessoa e o seu próximo. Nele diz sobre às leis de empréstimos e negócios. Ele enfatiza as obrigações de agir com responsabilidade e generosidade ao emprestar dinheiro ou ajudar alguém em necessidade.

No tratado de Baba Batra, no capítulo 2, página 9b, o Talmud discute a importância do hessed em relação à construção e manutenção de moradias. Ele ensina que é um dever ajudar os outros a terem um lugar adequado para viver e que isso é uma expressão de humildade e empatia.

Nota-se, que a Ideia de hessed é prática e exemplo de Deus que devemos imitar, por amor.

A ideia de "favor imerecido" para "graça" não é discutida em algumas partes do Talmud com esse conceito objetivo, embora o conceito de "favor imerecido", por óbvio, é está subentendido, explicitamente, nessas discussões, pois se a bondade é por merecimento não é bondade, mas reconhecimento, homenagem ou presente!!

No judaísmo, a ideia subjacente é que a excelência de Hashem é manifesta nas 'ações' de conceder o necessário aos seres humanos, mesmo quando eles não merecem o hessed (bondade) de Hashem.

No tratado de Avot (Ética dos Pais) 1.2, consta:

 'O mundo é sustentado por três coisas: na Torá, no serviço (oração) e na bondade amorsa'.

Neste ponto há uma canção belíssima que diz: 'Al sh'loshah d'varimh aolam omeid: Al hatorah, v'al ha'avodah, v'al g'milut chasadim'.  

Gamilut chassadim, também conhecido como "prática de atos de bondade", é um conceito importante no judaísmo que se refere à realização de boas ações e atos de sustentação em relação aos outros. 

A palavra "gamilut" vem da raiz hebraica "gemil", que significa "retribuir" ou "recompensar", e "chassadim" se refere à gentileza ou misericórdia.

Assim, gamilut chassadim é considerada uma das principais mitsvot (mandamentos) do judaísmo, pois envolve ajudar e cuidar dos outros de maneira altruísta, sem esperar nada em troca. É uma expressão prática do valor judaico de amar, com ações, o próximo como a si. Como, por exemplo: visitar os doentes, consolar os enlutados, oferecer apoio financeiro aos necessitados, ajudar alguém a encontrar emprego, oferecer palavras de encorajamento ou até mesmo realizar atos de bondade no anonimato. 

 A gamilut chassadim é vista como uma maneira de imitar a essência de Hashem e de cumprir o mandamento de ser uma luz para as nações.

Se devemos ser distintos, separados (kadosh) por que Hashem disse, seja kadosh como Eu sou, devemos, então, praticar essa bondade (hessed) com o próximo.

Pela prática dos valores de Hashem que ele mesmo deu ao seu povo, escrita na Torá (instrução ou lei de Moisés) é que praticamos a sua essência e imitamos os seus valores (kadosh). 

Em outras palavras, é cumprindo o mandamento que somos kadosh (separados)! 

Você já tinha pensado nisso?

É comprimindo os mandamentos que refletimos o amor de Deus, pois está é o amor de Hashem, que cumpramos os seus mandamentos, e eles não são penosos.

Então, por que foi dada tanta importância para graça como favor imerecido? 

É que para ocultar a verdade de que as Sagradas Escrituras são eternas, que os mandamentos são práticas consequentes de quem ama a Deus, e que continuamos a obedecer a Deus, cumprindo seus mandamentos, procuraram valorizar e falar muito sobre a graça para tentar desfocar o mandamento de seguir a Lei (Torá) que é eterna, e ouvir o povo para o qual Deus se revelou e que o instituiu para ser luz das nações, não o substituindo por nenhuma mesquita, igreja ou povo.

Portanto, se você foi ensinado errado, não fique buscando culpados: faça o certo e abandone o sistema que te deixou cego por tudo esse tempo.

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