Noé e o profeta Jonas: Histórias Conectadas



Imagine isso: as águas do Mabul (Dilúvio) subindo para limpar a corrupção e a violência que tomaram conta da terra. Noé, sua família e uma arca cheia de criaturas escapam desse cataclisma porque obedeceu A Ha'Shem, e então, D'us diz para Noé, que nunca mais voltará destruir a terra com água 

Agora, puxe essa cena épica para a destruição de Nínive!

Ambas as histórias são surpreendentemente conectadas através de uma temática de juízo e misericórdia de D'us. 

Em ambas, Ha'Shem vê a maldade, intervém de maneira poderosa e, finalmente, oferece uma nova chance para a humanidade. Não é fascinante como essas narrativas se entrelaçam, 

A história de Jonas está relacionada com a cidade de Nínive, que era a capital do império assírio.   Jonas deveria anunciar  a destruição da cidade. Inicialmente fugiu da tarefa e embarcou num navio para Társis. D'us enviou uma tempestade terrível, e Jonas foi lançado ao mar para acalmar a tempestade. Ele foi engolido por um grande peixe, e permaneceu em seu ventre por três dias e três noites. Após esse período, o peixe o vomitou em terra seca.

Jonas finalmente obedeceu a D'us e foi a Nínive para proclamar a mensagem de arrependimento.


O ponto comum entre os dois fatos históricos está em que D'us instruiu Noé a construir uma arca para abrigar sua família, e uma seleção de animais. E logo após D'us enviou o dilúvio para purificar a terra. 

Por outro lado, D'us instruiu Jonas para ir a Nínive para anunciar que a cidade seria destruída em 40 dias, enquanto isso sensibilizou os corações do rei e dos habitantes, e D'us mostra sua misericórdia purificando de suas transgressões.

 Surpreendentemente, os habitantes de Nínive, desde o rei até ao menor dos súditos, arrependeram-se sinceramente dos seus maus caminhos e voltaram-se para D'us. Como resultado, D'us poupou a cidade da destruição que havia sido anunciada.

Outra coincidência é que Noach entra na embarcação para salvar a humanidade em obediência ao comando de Ha'Shem, e os desobedientes morrem nas muitas águas.

Jonas, por outro lado, entra na embarcação para desobedecer a ordem de Ha'Shem, e ele afunda nas muitas águas engolido pelo peixe, morre, e após pedido de  misericórdia do profeta é vomitado na praia, e Ha'Shem salvar a cidade.


A diferença entre o Mabul e a destruição de Nínive está na mensagem de arrependimento e na oportunidade de redenção que D'us ofereceu para Nínive. 

No Mabul, Deus destruiu os habitantes da terra para purifica-la do mal, tendo oferecido salvação para Noach, e por seu mérito, para sua família. 

Assim, coube a Noé e sua família a chance de recomeçar a humanidade e repovoar a terra. 


Pontos em comum:

Em Bereshit (Gn.) 6.5 diz: Viu o SENHOR que a MALDADE do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente MAU todo desígnio do seu coração.

Jonas descreve Nínive como uma cidade "muito grande" e "CHEIA DE VIOLÊNCIA" (Jonas 1:2).

Portanto, nos dois cenários, a maldade era o que imperava.

Por quarenta dias e noite choveu para Noach, purificando a terra, e por quarenta dias e noites, os ninivitas se arrependeram, evitando a destruição de Nínive.

Nos dois eventos não houve apelo a razão para que se arrependessem, para ter outra sorte. 

O fato, distintivo nos dois eventos é que o rei entendeu a mensagem de Ha'Shem e decretou arrependimento, e os do tempo de Noach, o coração do povo estava completamente tomado de maldade, sem mínima conexão com Ha'Shem, que não possibilitou o arrependimento.

O salmista captou o princípio espiritual que desfaz os mais decretos: "Sacrifícios agradáveis a D'us são o ESPÍRITO QUEBRANTADO; CORAÇÃO ARRAZADO e CONTRITO, a este, Elohim não despreza. SL 51.17

As histórias de Dilúvio e de Jonas nos convidam a uma profunda reflexão sobre a natureza humana e a justiça divina. Ambas as narrativas pintam um quadro vívido das consequências da maldade e da importância da obediência e do arrependimento.

As duas histórias também nos ensinam que a vida é uma jornada com propósito, marcada por desafios, dificuldades e oportunidades. Ao seguirmos os exemplos de Noé, Jonas e dos ninivitas, podemos contribuir para trazer  vida, paz, prosperidade para nosso entorno e cidade, se vivermos segundo a ética da Torá.

BH!!!


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