Hamas no Talmud e na cabalá




 A palavra hebraica "hamas" significa violência e está na parasha Noach, desta semana . Este termo violência (hamas) aparece em várias passagens na Tanach e possui diferentes significados dependendo, obviamente, do contexto em que é usado. 

Aqui vamos explorar apenas o conceito dessa palavra no contexto cabalístico e talmúdico.

Do ponto de vista teológico, "hamas" é frequentemente traduzido como "violência" ou "opressão".

 A Torá nós instrui a buscar a justiça e a equidade em todas as nossas ações, e a violência (hamas) é considerada uma transgressão à Torá. Essa palavra é mencionada em Gênesis 6:11, onde descreve a corrupção e a VIOLÊNCIA que ocorreram ao Dilúvio. Nesse sentido, "hamas" é visto como uma ação que causa dano e injustiça aos outros.

Na perspectiva cabalística, "violência", é associado à energia negativa conhecida como "klipot" (cascas). Essa energia obscurece a luz divina e causa desequilíbrio no mundo. E ao buscar a elevação espiritual e a purificação restauramos a harmonia e a conexão com o Divino, trazendo luz à terra. Portanto, “hamas” é uma manifestação negativa dessa energia, que precisa ser transformada em retenção e retidão.

No Talmude, encontramos várias passagens que condenam a violência "hamas" e enfatizam a importância da justiça e da paz. Por exemplo, no tratado Sinédrio 37a, o Talmude ensina que "quem derramar sangue humano é considerado como se tivesse destruído um mundo inteiro". Esta é uma ação de violência, por sí só. Além disso, instrução é buscar a reconciliação e a resolução de conflitos, mesmo quando somos confrontados com adversidades e nunca derramar sangue.

Assim, o conceito de "hamas", é considerada uma transgressão dos princípios fundamentais do judaísmo.

No Talmude, diz, ainda, que a sociedade, no tempo de Mashiach, "o rosto da geração será como o rosto de um cachorro" (Sinédrio 97a). 

Está ideia sugere que a falta de respeito e de humildade estará em baixo nível, portanto mais propensa à violência.

E no tratado de Sotah 49b do Talmud, diz que "nos dias do Mashiach, o orgulho aumentará e a honra diminuirá". Sugerindo o nível de afastamento da sociedade do padrão da Torá. Isso também pode ser entendido como uma indicação de que a insolência e a falta de respeito podem se tornar mais comuns.


E por fim, no tratado Avodá Zará 17a, que antes da vinda do Mashiach, haverá um aumento da indiferença religiosa e do afastamento da Torá. Diz-se que “nos dias do Mashiach, os estudiosos serão desprezados, e aqueles que temem o pecado serão ridicularizados”. 


Conclui-se, assim, que nos últimos dias a maldade estará exacerbada, como no tempo de Noach, edificando seu próprio nome e não o de Hashem, e os estudiosos da Torá reduzidos, como diz "Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder".

Que tenhamos força para decidir por seguir a a Instrução (Torá) de HaShem até a chegada do Mashiach.

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