Contam-se mulheres para o minian?
Na linha Ortodoxa, é explicado que, de acordo com a lei judaica tradicional, um minyan, que é um quórum de dez judeus adultos do sexo masculino, é necessário para certas orações e rituais comunitários, como por exemplo, como o Barechu, o Kadish entre outras.
Portanto, só necessário 10 judeus circuncidados e maiores (ou a partir do barmitzva). As mulheres não são tradicionalmente incluídas na contagem de um minyan. Isto é baseado em interpretações de várias fontes da lei judaica, incluindo o Talmud e decisões rabínicas subsequentes. No entanto, é salientado que as mulheres têm papéis únicos e importantes na vida comunitária judaica. Elas têm a capacidade de se conectar com Deus por meio da oração e são incentivados a participar dos serviços da sinagoga. Justificam que as mulheres também podem liderar certas orações e rituais que não exigem um minyan, como acender velas de Shabat ou recitar bênçãos.
Na corrente do judaísmo chamada de Movimento Masorti (também conhecido como Conservador), Netzarita (também conhecida como nazarenos) e Reformista, as mulheres são contadas para o Minian.
Estas linhas adotam uma abordagem mais inclusiva em relação às mulheres nas orações comunitárias, possibilitando que elas sejam contadas como parte do minian.
Essa posição é baseada em uma interpretação mais contemporânea da lei judaica, que busca equidade de gênero e igualdade de participação na comunidade judaica. Nestas linhas, as mulheres têm a oportunidade de liderar serviços religiosos, ler a Torá, que, na liturgias, tradicionalmente eram reservadas aos homens.
A interpretação destas linhas sobre a inclusão das mulheres no minian é baseada em uma abordagem contemporizara da lei judaica, que busca promover a igualdade de gênero e a participação plena das mulheres na vida religiosa. Embora não haja uma literatura específica que seja exclusiva dessas linhas, existem várias fontes e argumentos que são frequentemente citados para apoiar essa interpretação, como:
📏A Literatura Responsa: Responsa são respostas rabínicas a perguntas e dilemas haláchicos (questões legais judaicas). Alguns rabinos responderam por escrito que defendem a inclusão das mulheres no Minian, citando princípios de igualdade e justiça.
📏Talmud: Alguns estudiosos argumentam que certas passagens do Talmud podem ser interpretadas de forma a apoiar a inclusão das mulheres no Minian. Eles destacam exemplos de mulheres que desempenharam papéis importantes na vida religiosa, como a profetiza Miriam e a juíza Devora.
📏Estudos acadêmicos: Essas linhas também se baseiam em estudos acadêmicos que analisam a evolução histórica das práticas e costumes judaicos. Esses estudos mostram que as práticas religiosas não são estáticas e que a participação das mulheres na vida religiosa tem variado ao longo do tempo.
Contudo devemos relevar que em cada comunidade o rabino ou o conselho de chachamim, no caso de Beit, têm a liberdade de adotar suas próprias interpretações e práticas dentro do contexto do judaísmo.
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